quinta-feira , 28 março 2024
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Aumento de deliveries na pandemia movimenta mercado de aplicativos

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Os consumidores brasileiros aumentaram a demanda por deliveries durante a pandemia da Covid-19. Com a necessidade de isolamento social para conter a disseminação da doença, as pessoas usam, cada vez mais, os aplicativos para entrega. Esse comportamento tem movimentado a economia e criado oportunidades para diferentes segmentos, da produção artesanal às empresas de tecnologia.

Estudo feito pela startup de gestão de finanças pessoais, Mobills, identificou que os gastos com os principais aplicativos de entregas de comida – Rappi, Ifood e Uber Eats – mais do que dobraram em 2020, registrando aumento de 149% em comparação com 2019.

O crescimento ocorreu de forma progressiva, segundo o estudo. Na análise mensal, o melhor resultado foi verificado em dezembro de 2020, quando o faturamento aumentou 187% em comparação com março daquele ano, mês em que a pandemia teve início no Brasil. As expectativas são promissoras também para 2021.

Oportunidade e renda

O aumento dos pedidos pelo serviço de entrega é responsável pelo aquecimento de uma cadeia econômica diversificada e promove impactos positivos, por meio da geração de oportunidades e renda, em um momento de agravamento da crise no país.

Em uma ponta dessa cadeia estão os bares, lanchonetes, restaurantes, distribuidoras e  produtores artesanais que têm se beneficiado diretamente com a maior procura dos consumidores através dos aplicativos. “O momento atual exige que o segmento de alimentação repense totalmente seu modelo de negócio. As pessoas estão mais recolhidas, em casa, e isso impulsiona o delivery”, avalia o Sebrae, que acredita que este comportamento de consumo será mantido no período pós-pandemia.

Setor de tecnologia vive expansão

Na linha intermediária da cadeia estão os serviços de entrega, que também sentiram reflexos positivos. A Loggi, plataforma de logística que atende todo o território nacional, mais do que quadruplicou o volume de entregas em 2020. O registro foi de aumento de 360%.

Na outra ponta estão as empresas que oferecem soluções tecnológicas, como a criação de aplicativo de transporte e entregas. O sócio-fundador da Gaudium, Bruno Muniz, descreve como os hábitos dos consumidores têm impactado o setor e quais são as perspectivas para o futuro. “Em relação ao delivery, a pandemia acelerou um processo que já estava acontecendo. Antes era tendência, hoje é necessidade e creio que no pós-pandemia será uma realidade.”

A projeção positiva também é feita para o segmento de transporte de passageiros. “Creio que mais pessoas optarão por esse serviço, principalmente, com a expansão dos apps regionais no interior do país.”

As perspectivas otimistas são baseadas na realidade verificada pelo próprio negócio. O principal produto desenvolvido pela Gaudium é a Machine, plataforma para criação de apps de transporte e entregas. “Desde que implementamos o módulo de entregas, os números desse setor não pararam de crescer. Aliado a nossa já consolidada plataforma de transporte, conseguimos bater nosso recorde de solicitações em um único mês”, relata o executivo. “Então, apesar do momento triste que vivemos, estamos conseguindo passar pela crise e, inclusive, aumentamos a equipe.”

Cartilha orienta sobre a criação de delivery

Reconhecendo a possibilidade de que os negócios possam se beneficiar com a implantação de um sistema de entrega, o Sebrae criou a “Cartilha Delivery: 8 passos para implantar um delivery de sucesso”. O documento orienta sobre o planejamento necessário para o atendimento ao público nessa modalidade, seja aderindo a uma plataforma já existente ou criando o seu próprio aplicativo.

Segundo o Sebrae, o ponto de partida deve ser pensar o diferencial que será oferecido ao público. “Todo o processo começa por uma reflexão sobre o que é o seu negócio”, afirma. “Essa é uma forma diferente de consumo e antes de lançar uma plataforma de delivery (ou impulsionar), tenha em mente toda a jornada do consumidor.”

Outra dica é fazer testes de entrega antes de começar oficialmente. “Isso ajuda a avaliar se  a embalagem está correta, se o produto viaja bem e qual será o seu raio de entrega”, pondera o Sebrae no documento.

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