O comércio eletrônico deve encerrar o ano com um crescimento de 38%, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que avalia a mudança nos hábitos dos brasileiros, impulsionada pela pandemia de Covid-19. Segundo uma pesquisa realizada pelo Google, na próxima sexta-feira, 26, dia da tão esperada Black Friday, 64% dos consumidores do país indicaram que pretendem realizar alguma compra. Para a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a estimativa é de que as vendas no meio eletrônico em 2021 aumentem 25% em comparação a 2020.
O advogado Guilherme Guimarães, especialista em Direito Digital e Segurança da Informação, destaca que os crimes virtuais que têm como foco roubar senhas bancárias ou mesmo dinheiro dos internautas se tornaram estratégias fáceis e rápidas para os criminosos. “Infelizmente a maior parte das pessoas que utilizam a internet diariamente não segue os protocolos mínimos de segurança e por outro lado, os criminosos estão a cada dia mais modernos”, observa.
Guimarães lembra que as plataformas de e-commerce ganharam força no último ano e estão superando as projeções do mercado. A ABComm, por exemplo, projeta um crescimento de 18,5% no faturamento anual do segmento em 2021. “O comércio eletrônico tem inúmeras vantagens, além da comodidade. Mas tanto quem compra como quem vende precisa tomar os cuidados para evitar riscos desnecessários. Quem tem uma loja virtual, um e-commerce precisa investir consistentemente em segurança e tecnologia”, orienta. “Na internet, não existe almoço grátis! Desconfie de qualquer oferta tentadora demais”, alerta o advogado.
Além de aproveitar as anunciadas promoções, muita gente vai aproveitar a data para adiantar os presentes de natal, garantir um preço bom e evitar tumultos.
Veja as dicas do advogado para se proteger e evitar os golpes eletrônicos:
1 – Cuidado com promoções que chegam por WhatsApp, e-mail, redes sociais ou mesmo em links de páginas pouco conhecidas. Os cibercriminosos costumam criar links falsos na tentativa de capturar dados pessoais e financeiros.
2 – Ao fazer compras em sites, certifique-se de o ambiente é seguro: uma forma simples é ver se existe um ícone de cadeado no endereço do site. Além disso, existem outros indicativos como a utilização de Certificado Digital SSL na hora de inserir informações.
3 – Ter sempre um antivírus atualizado no computador ou no celular. Muitos sites têm arquivos maliciosos, vírus, malwares ou indicação de riscos de ataques de hackers e o antivírus ajuda a detectar esses problemas.
4 – Certifique-se de que a loja virtual existe e é real. Cibercriminosos costumam criar lojas fakes – muitas vezes bastante similares às originais famosas – e entre as estratégias para atrair o consumidor estão os preços tentadores.
5 – Descontos existem, mas milagres não. Quando a oferta for demais, ligue o alerta!
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