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Entenda agora tudo sobre a relação entre o investimento em ouro e nas criptomoedas

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As criptomoedas começam a ganhar caráter de investimento seguro e estável, ainda mais com a chegada do lastreamento em ouro.

Muitos analistas de mercado avaliam que as criptomoedas – como o Bitcoin – ainda estão procurando o seu lugar no espectro de alocação de ativos, mas muitos investidores já são entusiastas desta modalidade e a comparam com investir em ouro

A comparação vêm do fato de a criptomoeda ter um número finito e não poder ser fabricada, assim como o ouro. Porém, a análise deve ser mais profunda e detalhada do que isso.

Especialistas em ouro tendem a dizer que as criptomoedas são muito voláteis para serem consideradas um investimento legítimo e seguro. De fato, os dados mostram pouca relação entre o Bitcoin, a maior das criptomoedas, e o ouro.

No entanto, de acordo com a VanEck, empresa de gerenciamento de investimentos sediada em Nova York, a pandemia do novo coronavírus tem feito essa realidade mudar.

“Nossa análise mostra que a correlação de Bitcoin ao ouro permanece baixa a longo prazo. Contudo, durante a mais recente liquidação de mercado induzida pelo COVID-19, a correlação do Bitcoin com ouro aumentou significativamente”, afirmou em uma nota recente a consultora.

Mudanças no horizonte

Ainda de acordo com a VanEck, não há como negar que existem algumas previsões de crescimento exponencial associadas ao Bitcoin e às principais criptomoedas.

“No Caso de Investimento para Bitcoin, discutimos como o BTC pode potencialmente aumentar a diversificação de portfólio devido à sua baixa correlação com as classes de ativos tradicionais, incluindo amplos índices de ações, títulos e ouro. Observando dados de correlação mais recentes, percebemos que as correlações do Bitcoin com as classes de ativos tradicionais começaram a aumentar durante a liquidação do mercado global induzida pelo COVID-19”, explica a VanEck, que vai além:

“Mais notavelmente, a correlação do Bitcoin com o ouro atingiu níveis nunca antes vistos. Acreditamos que isso pode consolidar ainda mais sua relação com o que é comumente visto como ativos de refúgio e pode reforçar seu potencial como ‘ouro digital’”, observa a empresa.

O que é tokenização e quais são suas vantagens?

A tokenização é a digitalização de ativos reais, um processo que está ocorrendo de forma acelerada no mundo inteiro, já que traz diversos benefícios. Esta é uma tendência tão irreversível que os próprios bancos centrais dos países já sinalizam a intenção de migrar para uma moeda em forma de token.

As vantagens são inúmeras. O detentor ganha transparência e autonomia, conferidas pela tecnologia blockchain, um grande banco de dados descentralizado, enquanto o emissor se beneficia da capacidade de dividir o ativo em parcelas menores, aumentando sua liquidez.

Ao digitalizar um imóvel, um precatório ou barras de ouro na forma de token, é possível negociar e movimentar frações do ativo, ampliando o acesso a mercado anteriormente restritos e facilitando a transferência e registro de posse deste bem de maneira confiável.

Como funciona uma stablecoin na prática?

Nas stablecoins lastreadas, a empresa emissora define um responsável pela guarda dos ativos. Os interessados em adquirir a stablecoin transferem valores para o emissor, que em troca cria novos tokens e os envia ao comprador.

O detentor da stable coin fica livre para negociar seus tokens em exchanges ou armazená-los em uma carteira digital. O emissor pode aceitar eventuais resgates, recebendo os tokens em troca do valor equivalente, mas isso varia de acordo com as regras de cada stablecoin.

No caso das stablecoins lastreadas, o emissor responsável, usualmente uma empresa, define um custodiante, responsável pela guarda dos ativos. Os interessados em adquirir a stablecoin devem realizar a transferência de valores para o emissor, que em troca irá criar novos tokens e enviá-los ao comprador.

Este comprador fica livre para negociar tais tokens em exchanges, ou armazená-los em uma carteira (wallet), se assim desejar. Fica a critério do emissor aceitar eventuais resgates, recebendo os tokens, e em troca devolvendo o valor equivalente. Isto irá variar conforme cada stablecoin, seguindo as regras do emissor.

Todos são livres para comprar as stablecoins diretamente via exchanges, e assim sua cotação irá flutuar conforme a demanda e a oferta do mercado. 

Neste sentido, a tendência é de que o preço da stablecoin caminhe ao lado do ativo forma seu lastro, pois as eventuais diferenças de cotação criam oportunidade de investimento, fazendo a regulação da cotação pelo próprio mercado.

Stablecoin do ouro? Conheça a PAX Gold

As stablecoins chegaram como criptomoedas pareadas ao dólar, ao euro, ao iene, e agora chegou a vez do ouro. 

Estas moedas trabalham com o sistema de lastro físico em razão de 1 para 1, ou seja, cada criptomoeda lastreada em dólar tem 1 dólar equivalente em suas reservas. 

No caso do ouro, é possível manter este lastro em metal físico, contratos futuros, fundos de capital ou equivalentes.

Cada moeda Pax Gold (PAXG) emitida tem 1 onça (31,1 gramas) de ouro equivalente em lastro. Esta quantidade de ouro equivale a cerca de R$ 9.500, mas o token é fracionável em até 18 casas decimais, o que permite movimentar valores abaixo de R$ 0,01.

Com pouco mais de 24.200 tokens emitidos, que somam um valor de mercado de R$ 233 milhões, o volume de negociação mensal de Pax Gold supera os R$ 70 milhões.

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