quinta-feira , 25 abril 2024
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Facebook retira selo de verificação de contas após denúncias contra a empresa

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Contas verificadas na rede social podem estar sendo punidas com a perda do selo azul de verificação após se pronunciarem sobre o algoritmo do Facebook, que estaria limitando o alcance dos posts ao mínimo para forçar usuários a pagar por impulsionamento.

O Brasil é o terceiro país com mais usuários no Facebook e o segundo maior público do Instagram no mundo. Só Facebook tem 140 milhões de usuários da rede social no país, que representa cerca de 62% da população brasileira, e os números seguem crescendo com a pandemia do covid-19.

Mesmo antes da quarentena, o brasileiro já passava muitas horas por dia conectado às redes sociais. Contudo, se você acha que o controle está na mão dos usuários está enganado. Quem manda na interação e determina quais serão os posts mais vistos e com mais engajamento não são as pessoas, mas sim o famoso algoritmo, que foi implementado tanto no Facebook como no Instagram. Agora o Facebook, dono de ambas as redes sociais, está sendo acusado justamente por esse motivo de implementar um algoritmo cada vez mais ‘cruel’, limitando o alcance das publicações ao mínimo possível, perto de 3% dos seus contatos, para forçar os usuários a pagarem por impulsionamento para ter visibilidade.

O empresário, jornalista e filósofo Fabiano de Abreu foi uma das figuras públicas que começou a denunciar o método do algoritmo do Facebook. Ele alega que, após começar a fazer as denúncias foi punido pela plataforma com a perda do selo azul de verificação: “Após eu denunciar na imprensa o mecanismo de manipulação do grupo Facebook para obrigar as pessoas a pagar impulsionamento, vi meu selo de verificação ser retirado do Instagram e depois da minha página do Facebook, sem nenhuma explicação.”

O selo de verificação, segundo o FAQ do próprio Facebook, é dado a pessoas com comprovada notoriedade na sociedade e na mídia, figuras públicas e celebridades, segundo os critérios de notoriedade da plataforma. Fabiano de Abreu é filósofo com teorias publicadas nos maiores portais deste tema, escritor com livros lançados no Brasil, Angola, Portugal e Estados Unidos e concede entrevistas com certa freqüência a emissoras de TV do Brasil e da Europa: “sou um escritor e tenho meus conceitos publicados em jornais de registros e órgãos oficiais. Tenho cliente com muito menos e com selo. Logo, o fato de terem retirado o meu selo de verificação mostra que estou sendo punido por denunciar a real função do algoritmo das plataformas digitais, que é forçar você a pagar cada vez mais para conseguir que as pessoas que te seguem vejam o que você publica e ter alguma notoriedade do seu conteúdo na rede social. Tenho clientes que gastam 50 mil mensais com anúncios no Facebook.”

Como funciona o post patrocinado?

Ao pagar para uma publicação ser impulsionada, o perfil deve definir um público-alvo a ser atingido – gênero, idade, localidade e perfil entram nessa conta. Dessa forma, o post pode chegar a pessoas que seguem, ou não, a página em questão.

Logo, segundo os especialistas em mídia social da MF Press Global, empresa de assessoria e social media, caso de publicações patrocinadas , a dinâmica do algoritmo já nem é tanto levada em consideração. Então a única maneira de não ser afetado pelos limites do algoritmo é investir cada vez mais dinheiro.

Contas viciadas?

Muitos influenciadores tem avisado aos seus seguidores nas redes sociais sobre a possibilidade que o algoritmo serviria para tornar contas “viciadas” em patrocinar publicações. Fabiano concorda: “Muitos dos meus clientes têm reclamado que a interação caiu absurdamente nos seus posts e que a toda hora a rede social sugere o impulsionamento. Assim, ficamos dependentes de sempre estar investindo algum dinheiro nas publicações para não perder visibilidade perante o algoritmo das redes sociais. Isto aconteceu nos meus perfis também. Eu tinha em média 400 curtidas por publicação em um perfil, aí eu patrocinei e passei a ter 1000, quando eu parei de patrocinar e foi para 50. O sistema deles enxerga que você está impulsionando e, quando você para, a interação cai mais ainda para te obrigar a fazer de novo”.

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