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Inteligências artificiais podem ser a melhor defesa contra crimes cibernéticos

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A tecnologia já está mais do que integrada na sociedade moderna e hoje praticamente tudo que fazemos depende de dispositivos tecnológicos. Com a pandemia de Covid-19 e o isolamento social, o ambiente virtual ganhou ainda mais destaque em nossas vidas, pois passou a ser o lugar onde passamos a maior parte do tempo conectados. É claro que isso também teve suas consequências e, desde o início da pandemia em 2020, o número de ciberataques aumentou em 171%, segundo dados da Canalys, empresa focada na análise do mercado de TI.

Não é de agora que nossos dados estão cada vez mais expostos. Hoje em dia, basta uma rápida pesquisa em sites de busca ou até mesmo em redes sociais para descobrir todo tipo de informação sobre uma pessoa. O ambiente virtual sempre foi um lugar de alta exposição e também de falta de segurança, já que qualquer indivíduo com conhecimento o bastante na área pode explorar pequenas brechas nas infindáveis linhas de código de um site e ter acesso a dados sigilosos.

O perigo ainda vai além: um levantamento realizado pela empresa de cibersegurança Kaspersky aponta que 90% de celulares e dispositivos inteligentes usados carregam informações confidenciais de seus ex-donos. Dos 185 dispositivos analisados, 90% deles tinham arquivos e dados antigos com acesso liberado para qualquer pessoa. Segundo a mesma pesquisa, através de um método conhecido como file carving (esculpimento de arquivos), é possível recuperar até 74% de dados que já foram apagados, mas permanecem nos cartões de memória ou discos rígidos. Isso inclui arquivos de toda natureza, desde fotos até documentos pessoais. 

Os crimes virtuais evoluem junto com a tecnologia e, atualmente, já existem inteligências artificiais criadas com o único objetivo de explorar essas vulnerabilidades e facilitar o trabalho dos hackers. Senhas já não são o suficiente para nos manter protegidos e, por mais complexas que sejam, podem ser quebradas com facilidade por esses programas. Isso não coloca somente nós, como indivíduos, em risco, mas também organizações inteiras como empresas e até instituições governamentais.

Quando o assunto é cibersegurança, o Brasil é um dos países mais frágeis do mundo. Estima-se que as técnicas do país já estejam, no mínimo, 15 anos atrasadas e ainda não existe perspectiva de melhora. O levantamento da Canalys também aponta que, enquanto os crimes virtuais aumentaram em quase 200% no último ano, o investimento em cibersegurança cresceu apenas 10% – isso em uma proporção global.

Deste modo, com o aumento dos ciberataques, além das proteções individuais sobre as senhas e compartilhamento de dados nas redes feitas pelos usuários, um apoio do setor público e privado podem auxiliar com a diminuição dos ataques por meio do avanço de novas tecnologias, como a inteligência artificial. Para ajudar a combater os ataques cibernéticos, é necessário um setor de TI mais desenvolvido, o que também serve de incentivo e abre novas oportunidades de trabalho para aqueles que estão cursando análise e desenvolvimento de sistemas EAD.

O relatório Cybersecurity – Fighting Invisible Threats, do banco suíço Julius Baer, aponta que os ataques cibernéticos devem causar um prejuízo de, pelo menos, 6 trilhões de dólares à economia global, isso somente em 2021. Os números registrados em 2020 não são um caso isolado, pois a tendência é que a frequência e a proporção desses crimes aumentem nos próximos anos. Cabe aos setores público e privado trabalharem em conjunto para enfrentar as ameaças desse inimigo invisível. 

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