terça-feira , 23 abril 2024
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Koo ou Mastodon: algum deles pode tomar o lugar do Twitter?

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Com o boom repentino no Brasil, o Koo, rede social indiana, voltou os olhos para o mercado brasileiro e, desde então, tem apostado em novos investimentos por aqui. Em apenas nove dias, a rede social passou de 2 mil para mais de 2 milhões de usuários brasileiros e disponibilizou até uma versão em português. Para Luciano Mathias, especialista em inovação digital e CCO da TRIO – Hub de Criação e Produção Audiovisual focado em Web3, a nova rede social chega com alguns diferenciais em relação ao principal concorrente e deve conquistar uma fatia maior do mercado, mas a força do Twitter vai continuar. “Tivemos algo parecido anteriormente com o Clubhouse. Na época do lançamento, foi um hype gigantesco. Mas hoje em dia, quase ninguém mais fala sobre isso. Acredito que o Twitter seja muito forte para perder toda a audiência, mesmo com os “haters” do Elon Musk deixando a plataforma”, afirma.

O especialista ressalta, no entanto, que o Twitter passa por uma crise desde que o empresário adquiriu a empresa, em outubro. A sucessão de problemas foram muitos: demissões em massa, fuga de celebridades da plataforma, tentativas não tão bem sucedidas de novos modelos de negócio e o fracasso do selo de verificação pago. E quem ganha com isso é o aplicativo Koo. “Diante da alta demanda de brasileiros se unindo à plataforma, o sucesso da nova rede social no Brasil foi certeiro. O nome gerou muitos memes. Até uma enquete foi publicada para entender se o público gostaria de uma mudança na marca ou não. O resultado de 71,8% foi de manter o original”, explica.

Segundo Luciano Mathias, essa brincadeira com o nome do app foi fundamental para o boom do Koo, já que as redes sociais têm uma necessidade “memética” para crescerem. “Hoje, quando temos moedas digitais e NFTs de memes, eles valem uma boa quantia. Acredito que a estratégia tem a ver com a linguagem da internet. O nome, Koo, acabou gerando piadas de forma natural e o resultado foi genial”.

As marcas também quiseram aproveitar a nova sensação. A Serasa usou o Twitter para avisar que os primeiros usuários que abrissem o novo aplicativo e usassem a hashtag #MeAjudaSerasa iriam ganhar uma pelúcia do seu mascote. O Burger King fez um trocadilho com o próprio nome do app para anunciar um “Koo-pom” de desconto.

Concorrência dupla

Mas o Koo não é a única plataforma que vem incomodando a hegemonia do Twitter. A rede social Mastodon registrou um crescimento de 157% no número de usuários ativos, principalmente nos Estados Unidos, de acordo com dados divulgados pela própria empresa.  A rede, que existe desde 2016, teve um crescimento exponencial no número de usuários, depois que Musk confirmou a aquisição do Twitter. O desenvolvedor do app, Eugen Rochko, divulgou em seu perfil que cerca de 500 mil usuários chegaram à rede social depois da oficialização da compra da concorrente. Hoje, o Mastodon já ultrapassa os dois milhões de usuários ativos mensais.

De acordo com o CCO da TRIO, apesar do aplicativo ter um layout bem próximo ao do Twitter, o Mastodon tem uma diferença importante: é uma rede social descentralizada e nativa da Web3. Isso significa que é hospedada em diferentes servidores criados por organizações ou pelos próprios usuários. “O sistema é como um e-mail. Quem tem uma conta no Gmail, pode enviar mensagens para usuários de outros servidores, como o Hotmail. Em vez de centralizar a hospedagem dos servidores em uma única marca, elas permitem que os provedores estejam em diferentes lugares e possam se conectar entre si”, explica Mathias.

Com todas as polêmicas sobre o Twitter, muitos usuários vêm buscando redes alternativas e, com isso, o Mastodon ganhou destaque, assim como o Koo. Para Mathias a tendência das redes sociais é que os usuários passem a ser detentores da própria informação. “Elon Musk comprou o Twitter com o intuito de transformar a plataforma em uma rede da Web3. Esse é o caminho da internet de maneira geral. E nesse sentido, o Mastodon já sai na frente”, finaliza.

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