quarta-feira , 17 abril 2024
A versatilidade dos smartphones faz com que os aparelhos estejam em todos os lugares
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Mercado de smartphones usados deve dobrar de tamanho e amplia necessidade de aparelhos “como novos”

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Adquirir um smartphone novo e de ponta é um investimento elevado para a maioria dos brasileiros. Além disso, o cenário econômico não é vantajoso com inflação em alta e redução do poder de compra. Dessa forma, um modelo popular lá fora finalmente ganha espaço no mercado nacional: os equipamentos “como novos”.

O conceito aborda celulares ou eletrônicos usados, mas que passam por um processo de renovação. Com esse processo, os aparelhos ganham sobrevida porque recebem novas peças e são reconfigurados e remontados conforme os padrões de fábricas – além de terem sua garantia estendida.

A expectativa é que esse mercado dobre de tamanho nos próximos dois anos. Segundo a consultoria IDC, a venda de smartphones usados representava 7,2% do total em 2020 e deve saltar para 16% de todas as unidades até 2024. Somente o mercado informal, que não contempla o processo de renovação, cresceu 10% no último ano.

“É uma nova forma de pensar o mercado de smartphones na realidade brasileira. Há mais celulares do que pessoas, e graças à renovação é possível deixá-los prontos para uso como se tivessem saído de fábrica”, explica Stephanie Peart, Head da Leapfone.

A startup é pioneira na oferta desse tipo de produto no Brasil porque encontrou um modelo viável para aproximar o público dos smartphones “como novos”. Por meio de assinaturas, as pessoas podem adquirir aparelhos de ponta renovados com procedência confiável, garantia e  seguro completo a um custo menor mensal.

Dessa forma, ao invés de pagar por um celular novo em parcelas que levariam um ou até dois anos enquanto o aparelho se desvaloriza, a pessoa pode assinar um aparelho similar por um ano com um valor bem mais em conta. Dados da empresa indicam que a assinatura chega a ser dois terços mais barata do que a opção no varejo.

Para isso, a Leapfone adota um sistema de logística circular. Basicamente, ela compra o aparelho e identifica as melhorias necessárias na estética e nas funcionalidades. A partir daí, faz a troca das peças e remonta conforme os padrões da fabricante. Por fim, passa por testes de qualidade e prossegue para ser reembalado com seus acessórios.

“Como novo” x seminovo/usado

A nomenclatura pode confundir o consumidor, mas há uma diferença fundamental entre smartphones como novos e os seminovos/usados. No primeiro caso significa que houve um processo de renovação do aparelho seguindo os padrões de fábrica. Portanto, eles possuem garantia em caso de defeitos.

Já os seminovos e usados, encontrados no mercado informal, são apenas repassados pelos consumidores no estado em que se encontram. Ou seja, quem os adquire pode sofrer com problemas técnicos relacionados ao funcionamento do produto justamente por não ter a garantia oferecida quando se compra celulares “como novos” ou novos.

“Esse processo traz uma camada de segurança a mais, e aliado ao modelo de assinatura, permite que o consumidor tenha uma série de vantagens pagando muito pouco por elas, como seguro para o aparelho”, explica Stephanie.

Bastante popular em mercados desenvolvidos

Enquanto o conceito “como novo” começa a ganhar espaço no Brasil, em mercados mais desenvolvidos já é bastante popular. Dados da consultoria Gartner no primeiro trimestre de 2020 indicavam uma queda na venda de smartphones novos e um aumento de 24% nas vendas de aparelhos renovados no mesmo período.

A proposta é mais popular nos Estados Unidos. O país, sozinho, representa um quarto de toda a venda global dos aparelhos “como novos”. Lá, por exemplo, as próprias fabricantes, como a Apple, oferecem essa alternativa aos consumidores. Assim, o prazo de troca de aparelhos passou de dois para três anos entre os norte-americanos.

Além disso, estima-se que esse mercado tenha um crescimento médio anual de 10,23% entre 2022 e 2027 em todo o mundo, principalmente por melhorias nos métodos de coleta do dispositivo, reparos e venda on-line e off-line.

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