quarta-feira , 24 abril 2024
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No mês da visibilidade LGBTQIA+, veja 4 maneiras de falar sobre diversidade e gênero no trabalho o ano todo

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A falta de comunicação aberta no trabalho e ausência de apoio entre os colaboradores e gerentes pode levar a uma cultura organizacional tóxica causando desconforto e desconfiança. Faz parte das responsabilidades de líderes de organizações construir um ambiente inclusivo para todos, por isso, neste mês da visibilidade LGBTQIA+, o Indeed, site número 1 de empregos no mundo, compilou alguns passos que podem ajudar a levantar conversas significativas sobre gênero e diversidade no ambiente de trabalho. Segundo uma pesquisa realizada em maio pelo Indeed com mais de 800 profissionais brasileiros, 56% dos entrevistados considerariam mudar de emprego devido a discriminação ou assédio com eles mesmos ou com outros.

Madalina Secareanu, Gerente Senior de Comunicação Corporativa no Indeed para LATAM , afirma que apesar de parecer desafiador abordar temas sociais e de gênero, ao se sentir à vontade para falar sobre estes assuntos, o colaborador sente-se mais acolhido, incluído na equipe e que suas ideias são ouvidas e reconhecidas. “A interseccionalidade é a teoria de que cada pessoa carrega uma identidade única baseada em marcadores sociais e políticos, como raça, identificação de gênero e orientação sexual, que impactam na forma como vivem e trabalham”, disse ela. “É preciso entender as experiências de vida uns dos outros para criar um ambiente de trabalho onde a diversidade, inclusão e o pertencimento possam prosperar. Engajar-se em conversas saudáveis e respeitosas é um passo importante para progredir na compreensão das pessoas ao nosso redor”, afirma.

1. Identificar o método apropriado de conversa

Há várias maneiras de abordar conversas sobre interseccionalidades entre colegas, e o método apropriado pode depender de uma situação particular no trabalho. Ao escolher um estilo de comunicação, local e participantes, é importante levar em consideração o assunto e o público. O propósito de uma primeira conversa deve ser explorar, ouvir e aprender.  É importante enfatizar a necessidade de criar um espaço seguro onde ninguém da equipe seja obrigado ou coagido a participar. Outra questão fundamental é estabelecer acordos para encorajar o diálogo, o respeito mútuo e a escuta profunda do que os outros compartilham.

2. Incentivar o compartilhamento de experiências

Pode ser desafiador conectar-se de maneira significativa com cenários hipotéticos ou definições gerais de termos como “discriminação de gênero”. No entanto, histórias sobre experiências pessoais muitas vezes podem ajudar a encontrar um nível mais profundo de compreensão. Ouvir um exemplo da vida real sobre uma vez em que alguém foi discriminado por causa de sua identidade de gênero e como isso o fez sentir, pode ajudar a imaginar uma realidade diferente da sua e a ter mais empatia com o falante.

3. Não constranger

Possibilitar que as pessoas sintam-se à vontade para se mostrarem verdadeiramente, permitindo a vulnerabilidade, pode ser proveitoso, e o compartilhamento de relatos pode ser uma ótima forma de fazer isso. Mas, se alguém se sente julgado ou envergonhado, o foco pode mudar de compartilhamento e compreensão para autopreservação, o que se transforma em uma uma barreira à conversa. Falar com autenticidade e incentivar a honestidade dos participantes melhora a compreensão mútua. Mas é preciso lembrar que para isso é necessário criar um ambiente seguro, incentivando acordos orais de não julgamento ou oferecendo palavras de acolhimento após um relato sensível.

4. Criar grupos de afinidade entre os colaboradores

Os grupos de afinidade são importantes porque oferecem aos funcionários um espaço seguro para se conectar com outras pessoas que podem entender sua experiência. Também podem ser uma maneira eficaz de promover um maior senso de comunidade dentro das organizações e podem ajudar a impulsionar a mudança. Iniciativas lideradas por grupos podem tornar os ambientes de trabalho mais confortáveis para os colaboradores.

Ter frequência e persistência nas ações em busca de um ambiente livre e acolhedor é crucial, mas é imprescindível seguir palavras com ações. Simplesmente declarar uma determinada postura não é suficiente para apoiar uma mudança significativa, explica o executivo do Indeed. “É importante notar que essas mudanças não acontecem da noite para o dia, e o sucesso nem sempre vem depois de um único esforço ou discussão. É um processo, uma jornada ao longo da vida que requer reflexão pessoal, identificação e correção de erros, além de aprendizado contínuo” conclui Secareanu.

Metodologia

A pesquisa foi realizada pelo Indeed com 858 trabalhadores brasileiros para investigar o sentimento dos candidatos a emprego sobre transparência salarial, satisfação no trabalho, bem-estar, modelo de trabalho híbrido/remoto, diversidade e inclusão. A pesquisa foi realizada por meio de um painel online em maio de 2022.

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