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    Oportunidades no mercado financeiro: conheça as carreiras de consultor e assessor de investimentos

    Não são apenas os investidores que podem ganhar dinheiro no mercado financeiro. Profissionais das áreas de economia, finanças e tecnologia têm a possibilidade de fazer carreira no setor. As oportunidades são diversificadas e a demanda está em alta, mas há dificuldades para encontrar candidatos qualificados.

    Segundo a avaliação do próprio mercado, o principal motivo para a lacuna entre vagas e profissionais é o desconhecimento sobre as oportunidades, as funções que são desempenhadas e a qualificação exigida para cada cargo.

    Para atuar como analista financeiro, gestor de fundos e carteiras, assessor e consultor de investimentos, é preciso ter alguma certificação de especialista na área. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), até o ano passado, apenas 25 mil pessoas em todo o país tinham a qualificação conferida pela entidade.

    As profissões que envolvem tecnologia apresentam uma dificuldade ainda maior na lacuna entre oportunidades e candidatos. Segundo informações da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a escassez de profissionais qualificados é o principal desafio para a expansão dos fundos de investimento que utilizam algoritmos para a análise de ações quantitativas.

    Diferenças entre assessoria e consultoria de investimentos

    Conhecer as profissões do mercado financeiro é o primeiro passo para abrir um novo leque de oportunidades de emprego. Entre as carreiras demandadas pelo setor estão a de assessor e consultor de investimentos que podem oferecer salários bem acima da média nacional.

    Embora muitas pessoas pensem que se trata da mesma atividade, a assessoria e a consultoria de investimentos são bem diferentes. O assessor, que também pode ser chamado de agente autônomo de investimentos (AAI), é vinculado a uma corretora. O seu papel é intermediar a comercialização dos produtos da empresa com os clientes.

    De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), responsável por regulamentar a profissão, entre as atribuições do assessor de investimentos estão: a captação de clientes, o fornecimento de informações sobre os produtos comercializados pela corretora e a realização de registros e ordens nos sistemas de negociação.

    Já o consultor de investimentos trabalho como um prestador de serviços que atua de forma independente no aconselhamento dos clientes para a tomada de decisões. Seu papel é recomendar os ativos mais compatíveis com os interesses dos investidores, realizando, assim, um trabalho individualizado e personalizado.

    A profissão também é regulamentada pela CVM, que alerta sobre o consultor não trabalhar com a comercialização de produtos e, sim, na orientação dos investidores, considerando as melhores oportunidades do mercado.

    Remuneração

    Conforme o Glassdoor, o salário médio de um assessor de investimentos no Brasil é de R$ 3.500, o que corresponde a 2,6 salários mínimos. O valor pode variar de acordo com a corretora em que o profissional atua. Também é comum o pagamento de comissões por conta das vendas.

    O salário médio pago ao consultor de investimentos é de R$ 6 mil, segundo o Glassdoor, o equivalente a 4,6 salários mínimos. O valor também varia, sobretudo, conforme a localidade em que o profissional atua.

    Qualificação

    Para trabalhar como assessor de investimentos, é preciso realizar o exame de qualificação da Associação Nacional das Corretoras de Valores (Ancord) e estar cadastrado na CVM. Também é recomendável a certificação da Anbima.

    O profissional deve ter conhecimento técnico sobre o mercado financeiro e habilidades como comunicação e bom relacionamento interpessoal. As corretoras costumam oferecer cursos de capacitação para atuação na área.

    O consultor de investimentos também precisa ser registrado na CVM e possuir alguma certificação na área, que pode ser nacional – conferida pela Anbima, pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) ou pela Associação Brasileira de Planejadores Financeiros (Planejar) – ou internacional.

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