sexta-feira , 19 abril 2024
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Pequenos empreendedores: 5 tendências do comércio digital que valem a aposta

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As características do comércio digital fazem com que ele esteja em constante transformação, seja por conta de avanços tecnológicos ou de mudanças sociais. Com a pandemia, o crescimento acelerado desse formato diante da necessidade de digitalização repentina causou ainda mais impacto nas formas de fazer negócio: a concorrência cresceu e os consumidores passaram a ser mais exigentes em suas demandas.

“Cada vez mais, as empresas precisam ficar atentas às necessidades do consumidor e ao cenário do mercado digital. E isso não se resume apenas às grandes companhias: comércios locais e pequenos negócios também podem — e devem — aderir às tendências para alavancar vendas”, explica Guilherme Hernandez, CEO da startup Kyte, que oferece uma plataforma de vendas e gestão para pequenos comércios.

Embora determinadas novidades não façam parte dessa realidade, como a entrega de mercadorias por drones ou o uso de inteligência artificial, existem opções acessíveis a todos os negócios e que podem fazer uma grande diferença nos resultados alcançados. Confira 5 dessas tendências do comércio digital:

1 – Live commerce

O live commerce surgiu na China e se tornou realidade no Brasil durante a pandemia, quando muitos varejistas, acostumados a mostrar produtos e guiar vendas nas lojas físicas, tiveram que se adaptar a um novo formato. Como o próprio nome diz, a ideia é usar transmissões ao vivo — lives —, seja em redes sociais ou plataformas próprias, para impulsionar vendas.

A estratégia utiliza o potencial da interação ao vivo, de forma que o vendedor possa mostrar e falar sobre os produtos, oferecer promoções relâmpago e até tirar dúvidas de quem está assistindo em tempo real. “Muitas vezes, há uma demonstração das mercadorias: uma influenciadora utilizando cosméticos para se maquiar ou uma cozinheira executando uma receita com determinados ingredientes, por exemplo. Quem assiste, pode acessar links para páginas de venda dos produtos usados durante a transmissão”, exemplifica Guilherme Hernandez.

Grandes empresas brasileiras estão apostando no live commerce, muitas vezes com o apoio de tecnologias avançadas e grandes personalidades. No entanto, a estratégia pode ser uma ótima oportunidade para qualquer negócio: diversos empreendedores locais já perceberam isso e estão usando transmissões em redes sociais para engajar seus seguidores.

2 – Multicanalidade

De acordo com estudo da Harvard Business Review, 73% dos consumidores usam vários canais da mesma empresa durante sua jornada de compra — o que demonstra como as vendas multicanal são, hoje, essenciais para qualquer negócio, independentemente de porte ou segmento de atuação. Pesquisa de 2021 da Opinion Box também reforça a ideia: 60% dos brasileiros consomem de forma híbrida, ou seja, realizam uma parte do processo de compra na internet e, a outra, presencialmente.

A estratégia de multicanal está cada vez mais consolidada, envolvendo não apenas loja física e online, como também outras frentes importantes para o consumidor, como redes sociais, aplicativos de mensagens e marketplaces.

A ideia é potencializar o negócio, oferecendo novas oportunidades para os clientes  conhecerem a marca e fecharem a compra. Para o CEO da Kyte, isso acontece porque, apesar de as pessoas estarem comprando cada vez mais online, a conveniência é a verdadeira chave para conquistar o consumidor. “É cada vez mais comum, por exemplo, situações em que o cliente vê um produto no Instagram, entra no catálogo no site da loja, faz o pedido pelo WhatsApp e vai retirar presencialmente”, diz.

3 – Opções variadas para pagamento

O consumidor está mais exigente com sua experiência na loja —  e isso não se reduz apenas aos canais de compras, mas também às formas de pagar pelos produtos. Assim como a pandemia incentivou o comércio online, também popularizou diversos métodos de pagamento eletrônicos, além de contribuir para a adoção acelerada de novidades, como o Pix.

Dessa forma, a tendência é que as empresas ofereçam o maior número de opções de pagamento, permitindo que os clientes escolham aquela que faz mais sentido à realidade deles — seja dinheiro, boleto, cartão de crédito ou débito, carteiras digitais, transferências ou Pix. Hoje, um comércio que não oferece essa diversidade tem grandes chances de perder vendas e clientes. Não é o consumidor que deve se adequar à loja, mas sim a loja ao consumidor.

4 – M-commerce

O m-commerce, ou mobile commerce, representa o comércio por meio de dispositivos móveis e é considerado uma evolução do e-commerce (comércio eletrônico). A tendência vem se consolidando a partir da presença permanente do celular, que já ocupa um papel central no acesso à internet para muitas pessoas. Assim, é natural que as compras também migrem para esses dispositivos, tornando-se ainda mais práticas para os consumidores.

Segundo pesquisa do Panorama Mobile Time e Opinion Box, 91% dos brasileiros que possuem smartphone já haviam comprado online através do dispositivo em 2020. Outro estudo, da Statista, aponta que os dispositivos móveis devem representar 73% do total das vendas de comércio digital em todo o mundo até o final deste ano. “Por isso, é essencial que os comerciantes estejam atentos e disponibilizem opções de catálogo ou loja virtual acessíveis ao mobile — seja através de aplicativos de vendas ou plataformas e sites responsivos, que se adaptem para visualização no celular”, reforça o CEO da Kyte.

5 – Comércio conversacional

Entre as exigências dos consumidores, a demanda por informações de forma ágil e personalizada é um dos destaques. Como resultado, um movimento conhecido como “comércio conversacional” vem ganhando espaço. O conceito se refere ao uso de ferramentas de mensagens — como WhatsApp, Facebook Messenger e Telegram — para interação digital instantânea entre marcas e clientes. Somente no último ano, 84% dos consumidores experimentaram interações por esses canais de comunicação. O contato por WhatsApp, por exemplo, cresceu 118%, de acordo com o relatório CX Trends 2021.

“Uma das grandes vantagens do comércio conversacional é a possibilidade de estabelecer uma interação mais avançada mesmo à distância, em uma experiência pessoal que permite que o vendedor entenda melhor o que o cliente precisa, mostre o produto, envie mais fotos e informações e tire todas as dúvidas sobre a compra”, explica Hernandez.

A relação garante uma comunicação mais próxima e uma estratégia de marketing mais certeira, impactando positivamente nas vendas do negócio. Além disso, o comércio conversacional contribui para um aumento na taxa de fidelização dos clientes, que se sentem mais próximos da marca com o atendimento personalizado. Vale destacar que essas ferramentas alcançam diversas faixas etárias e estratos sociais, sendo uma ótima maneira para os pequenos comerciantes se aproximarem dos seus clientes.

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