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    Pesquisa reafirma que fazer faculdade é investir em emprego

    Formação superior reduz em mais de 50% o risco de ficar desempregado em relação ao ensino médio e fundamental

    Durante a pandemia muitas coisas mudaram e outras serão modificadas quando terminar o isolamento social, especialmente no mercado de trabalho. Condições motivadoras de pesquisa sobre ensino superior e empregabilidade em tempos de pandemia realizada pelo Instituto Semesp. Após levantamento, cruzamento e análises de dados, a constatação, que é também reafirmação, mostra que fazer curso superior representa investimento na busca e manutenção de emprego.

    Dentre vários dados relevantes, está o de que quem possui formação superior tem 54% menos de chance de ficar desempregado, em relação aos que possuem ensino médio ou fundamental completo. Atualizada pelo instituto que é o centro de inteligência analítica do Semesp, a pesquisa em sua 2ª versão é sustentada em fontes de credibilidade científica, como são os casos do Relatório Focus, divulgado em 20 de abril deste ano pelo Branco Central; e do Mapa do Ensino Superior do Brasil 2020, em sua 10ª edição.

    Tem outros dados com o mesmo crédito, extraídos da Relação Anual de Informais Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho; da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); do mais recente Censo da Educação (2018) do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anízio Teixeira (Inep); do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Programa Universidade para Todos (Prouni).

    Garantia de futuro

    A pesquisa deixa muito claro que este é um momento de investir e que estudar é garantir o futuro promissor, com espaço no mercado de trabalho. Também evidencia a estreita relação entre emprego e empregabilidade, sendo que, quanto maior o nível de escolaridade, menor a chance do trabalhador em ser afetado em período de crise no mercado de trabalho. Entre a população economicamente ativa, a taxa de desocupação é bem menor para quem tem o ensino superior completo.

    Em 2019, os impactos da taxa de desocupação apresentaram uma espécie de empate técnico ao ficar em 13,5% para o trabalhador com ensino fundamental completo e 13,3% para que tem o ensino médio. Para quem tem o ensino superior ficou em 6,1%; percentual 54% menor em relação aos que pararam de estudar após o ensino básico, fundamental ou médio. Então, a chance de desemprego é 2,20 vezes maior para quem fez o fundamental e 2,27 vezes maior ao médio, em relação ao superior.

    É uma situação que afeta muito o jovem que até os 24 anos sofre com o maior impacto na redução da oferta de vagas, mesmo incluindo iniciativas como a do Jovem Aprendiz. Nos últimos quatro meses de 2019, a taxa geral de redução de emprego foi de 11%, enquanto para os jovens ficou em 23,8% até 24 anos. Na faixa etária após os 24 e até os 30 anos, para quem tinha o fundamental, a redução foi de 15,4%, o médio 13,8% e o superior 9,8%.

    Principal alternativa

    Especialmente pelos dados da Rais, a estimativa do Instituto Semesp é de que o Brasil poderá perder 3,3 milhões de empregos formais no decorrer deste ano e dentro do universo de 47,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Destes, 49,5% de nível médio, 22,9% superior e 8,2% fundamental. Diante de dados dos últimos seis anos, de 2014 a 2019, a projeção que se faz do desemprego por nível de instrução apresenta 14,7% que tem o fundamental, 5,3% médio e 1,3% superior.

    A principal conclusão apresentada pela pesquisa assegura que por mais que as empresas sejam obrigadas a reduzir custos e cortar vagas de empregos, elas precisam contar com profissionais qualificados como estratégia para enfrentar a crise. Daí, a constatação, em tom de reafirmação, de que investir em educação superior é a principal alternativa para se manter competitivo nesse cenário de crise econômica durante a pandemia e que persistirá quando ela passar.

    No Brasil, ainda conforme a pesquisa, possuir formação em nível superior gera muitos benefícios em relação à empregabilidade, já que a taxa de escolarização líquida é de 17,9%, bem abaixo da meta de 33% estabelecida pelo Plano Nacional de Escolarização. Se em tempos de economias estáveis a disputa por profissionais qualificados eleva a remuneração, em tempos de crise a formação em nível superior, no mínimo, reduz os riscos de desemprego.

    Importância da qualificação

    Para o pró-reitor Acadêmico da Unoeste, Dr. José Eduardo Creste, a pesquisa do Instituto Semesp reforça a importância da qualificação profissional no ensino superior para a inserção ou manutenção no mercado de trabalho. Seu entendimento é de que o jovem deve pensar no seu futuro, sonhar, acreditar e investir em sua carreira. Afirma que agora e daqui para a frente o conhecimento deve ser valorizado ainda mais, por se tornar cada vez mais essencial.

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    “Na graduação presencial, seja pensando em diferentes cenários, como os da educação a distância ou os cursos técnicos, buscar o crescimento pessoal e profissional faz toda a diferença”, afirma o pró-reitor e comenta que no Brasil ainda existem muitas pessoas fora do ensino superior, no sentido de que o empenho em avançar nos estudos faz a diferença em qualquer momento, mas especialmente em tempos de crise como essa advinda da pandemia do novo coronavírus.

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