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    Smart houses: as casas conectadas “do futuro” que já são realidade no Brasil e no mundo

    Aparelhos eletrônicos são excepcionalmente úteis quase o tempo todo, em praticamente qualquer atividade do dia a dia, e isso não é novidade. Portanto, não é difícil imaginar que, além de nossos celulares, televisões e computadores, as casas e os apartamentos que moramos também sejam automatizados e conectados à internet. Essas são as smart houses, ou smart homes.  

    Já popular e consistente nos Estados Unidos, o conceito das “casas inteligentes” – tradução livre do inglês – consiste no sistema de integração tecnológica entre diversos dispositivos espalhados em uma residência. 

    Nos últimos anos, a concepção de que é possível tornar automáticos os mecanismos de um ambiente e controlá-los a distância, via smartphones ou comandos de voz, virou tendência mundial e no Brasil.

    Segundo a Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial (Aureside), estima-se que haja cerca de 2 milhões de casas com algum tipo de automação inteligente no país. Uma previsão da IDC Brasil mostra que o mercado brasileiro deste segmento deve crescer 30% nos próximos anos.  

    Há, também, no cenário nacional o desafio de desenvolver aplicações com linguagens compatíveis, seguras e simultaneamente operáveis, impedindo o vazamento de informações e garantindo a privacidade de dados pessoais, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), publicada em 2018 e vigente desde 2020. Neste sentido, muitas empresas ainda não começaram a se adequar às normas previstas.

    Casas conectadas

    Os dispositivos integrados nas smart houses oferecem conforto, segurança e facilidades para os usuários nas tarefas diárias, por meio da tecnologia. Esse sistema abrange equipamentos como televisores, alto-falantes inteligentes, assistentes virtuais, fechaduras, câmeras de segurança, tomadas e lâmpadas, que são conectados à internet e controlados a distância pelo celular, quase sempre por comando de voz.

    No caso das luminárias e tomadas inteligentes, por exemplo, a automação ajuda a economizar energia, já que permite ajustar intensidade, potência e cor da luz. Sob o aspecto de segurança, fechaduras inteligentes, câmeras, alarmes e sensores de movimento contribuem para garantir a integridade do imóvel e dos moradores.

    Alguns dispositivos já estão consolidados no Brasil, entre eles as smart TVs, que se conectam à rede Wi-Fi e trazem diferentes serviços de streaming, permitem navegação na internet e podem ser conectadas, via bluetooth, a fones de ouvido, e as assistentes virtuais – aparelhos que respondem a comandos de voz e acessam outros eletroeletrônicos. Os mais conhecidos são a Alexa, da Amazon, e o Google Assistente.

    “Estes assistentes vêm ganhando cada vez mais adeptos e já são realidade. Montar uma smart house não é mais coisa do futuro, e sim do presente, principalmente porque o preço está bem mais acessível para a classe média e a instalação é simples”, afirma Frederico Costa, técnico em eletrônica da FR Informática.

    Os afazeres comuns do dia a dia, como acender luzes, ligar a TV, abrir portas de garagens, fechar janelas e acionar alarmes, são facilitados pelas casas conectadas. Além disso, a automação residencial garante mais acessibilidade e inclusão, uma vez que as pessoas com deficiência ganham mais autonomia e gerenciamento sobre a moradia, por meio de um sistema integrado, e não um aplicativo para cada função.

    Do ponto de vista financeiro, especialistas alertam que, além de ajudar na economia de energia e redução de custos, as smart houses abrem espaço para que pessoas adquiram imóveis de forma mais barata, como, por exemplo, em um leilão de casa. Isso porque, com o valor economizado na compra, é possível investir mais em equipamentos tecnológicos para a residência. 

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