domingo , 19 maio 2024
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“As três tecnologias que mais serão usadas no futuro são Inteligência Artificial, Blockchain e Metaverso”, afirma especialista

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Em apenas dois meses, o ChatGPT alcançou a marca de 100 milhões de usuários ativos, segundo análise da Similarweb, tornando-se a plataforma de maior crescimento registrado na internet. O sucesso colocou a inteligência artificial na boca do povo e levantou debates dos mais variados sobre o assunto, indo das questões éticas até as mais práticas. Mas a IA não é a única tecnologia que está transformando o mundo, ou que pode fazer isso muito em breve. O metaverso e blockchain também são apontadas como tecnologias que serão populares no futuro.

É o que diz Arnobio Morelix, CEO e cofundador da Sirius, a faculdade focada em ciência de dados e inteligência artificial. Ao longo de mais de dez anos estudando e trabalhando com tecnologia, Morelix identificou algumas tendências e vem — já há algum tempo — defendendo que o Brasil e o mundo vão caminhar em direção a elas. Inteligência artificial faz parte de suas previsões.

“A popularidade do ChatGPT é esperada, ainda que seja apenas uma dentre inúmeras ferramentas que utilizam IA. O que ele fez foi levar o tema para o debate público, e agora o mercado vem conhecendo outras soluções para suas necessidades específicas, que incluem, mas também vão além, do modelo generativo dessa tecnologia”, explica o especialista.

A adoção da IA é um resultado previsto de um ecossistema tecnológico que vem se aprimorando continuamente há décadas. Segundo Arnobio, essa é, inclusive, uma das principais razões pelas quais a Sirius foi criada. “Nosso objetivo sempre foi focar no que é possível fazer de acordo com as evoluções que vivenciamos, e não contra elas. Enquanto se discute se as IAs vão acabar com empregos, nós trabalhamos para capacitar as pessoas para que elas desempenhem novas funções no próprio uso e desenvolvimento das IAs. Sabíamos que essa seria uma das principais tecnologias do futuro e estamos preparando nossos estudantes para se encaixar nesse cenário”, comenta.

Quanto à blockchain, se trata de um mecanismo de segurança digital, basicamente um livro de registros de dados, compartilhado, transparente e imutável. É utilizada na comercialização de criptomoedas, mas pode ser expandida para registrar outros tipos de transações e informações.

Já o metaverso teve um momento de popularização, quando Mark Zuckerberg anunciou o novo nome de sua companhia — Meta — e os investimentos na criação dessa nova “realidade virtual”. A ideia, que não se restringe a uma só marca e pode ser explorada em inúmeras plataformas, é uma nova camada de realidade, um ambiente digital imersivo e coletivo que só pode existir com realidade virtual, realidade aumentada e internet. Ou seja, é uma junção de tecnologias.

“Tanto a blockchain quanto o metaverso estão passando por aprimoramentos, ainda que em estágios diferentes, e atuam em setores distintos. A blockchain deve se tornar muito importante para o mundo financeiro e, futuramente, talvez se torne um padrão de segurança aplicado em escala, inclusive nas contas de pessoas comuns, e não só relacionado a criptomoedas”, explica Morelix. “E o metaverso oferece uma nova maneira de interagir com o universo digital. Nós já interagimos o tempo todo, mas através de telas e dos nossos dedos. O metaverso propõe maneiras muito mais interativas e imersivas de fazer isso. Por que um smartphone seria mais atrativo em um mundo que permite o acesso digital dentro do próprio conteúdo?”.

A questão que talvez fique no ar para alguns é: se essas tecnologias já existem, por que ainda não estão dominando a sociedade? Muitas vezes, elas vêm sendo até mesmo criticadas e preteridas. É o caso das IAs fornecendo informações erradas ou as inventando, bem como é o caso do metaverso sendo considerado apenas um tipo de jogo ao invés de uma novidade real. Por que isso aconteceria com uma tendência tão poderosa?

“Isso acontece por conta do que chamamos de ‘curva S’ da adoção de novas tecnologias”, Arnobio explica. “É bastante comum que, assim que surge uma ferramenta inovadora, a curiosidade e interesse leve muitas pessoas a experimentarem, o que cria um pico no uso logo de cara. Mas, frequentemente, essas ferramentas estão em fase de testes ou foram lançadas sem todos os aperfeiçoamentos. Às vezes é até preciso que sejam lançadas para só então serem aprimoradas. E aí as pessoas sentem que a tecnologia é falha, ou não tão boa assim, e abandonam o barco por um tempo. No futuro, quando as mudanças forem aplicadas, é aí que essa novidade se torna o novo comum e realmente é adotada em grande escala”.

O conceito pode ser exemplificado pelo mercado musical. As fita cassetes eram a principal maneira de escutar música por um tempo, até que o CD chegou. À princípio, as pessoas não trocaram as fitas pelos CDs, por inúmeras razões — era mais caro, menos prático, talvez até menos eficaz em questões de armazenamento. Mas tudo isso mudou e os CDs se tornaram o padrão. Até que chegaram as plataformas de streaming, e a situação se repetiu: interesse em conhecer, afastamento, e então normalidade.

“É o que deve acontecer com o metaverso, principalmente, e o que já está acontecendo com blockchain e inteligência artificial”, Morelix complementa. “Não é possível prever datas para essas transformações, mas sabemos que o mundo avança bem rápido”. Pode levar alguns meses ou alguns anos, mas o fato é que essas tecnologias são estudadas e aprimoradas a todo momento. “As grandes empresas da área seguem investindo nessas três vertentes tecnológicas. Nesse sentido, podemos dizer que já estamos vivendo o futuro”, conclui o CEO.

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