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Como reforçar a segurança contra golpes financeiros

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A digitalização de produtos e serviços financeiros tem contribuído para maior agilidade e desburocratização do setor. Pela internet, é possível abrir uma conta, realizar operações bancárias e investimentos. Mas tanta facilidade acende o alerta sobre a necessidade de reforçar a segurança de processos e sistemas: paralelamente à transformação digital das instituições financeiras, a aplicação de golpes aumentou.

Segundo a estimativa dos bancos que operam no país, os golpes aplicados contra o sistema financeiro somariam o valor de R$ 2,5 bilhões em 2022, conforme divulgado pelo Estadão. A ação de criminosos aumentou simultaneamente ao crescimento do uso de serviços digitais pelos brasileiros, realidade intensificada durante a pandemia da Covid-19. Desde 2020, os casos de fraude financeira triplicaram no Brasil. 

Estudo realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apontou que 26% dos brasileiros já foram vítimas de algum tipo de golpe. O crime mais comum apontado pelos entrevistados ouvidos na pesquisa foi a clonagem de cartão de crédito. Em seguida aparecem o golpe da central falsa e o roubo de identidade pelo Whatsapp para a solicitação de dinheiro. 

Perfil das vítimas

Pessoas com mais de 60 anos com curso superior e renda acima de cinco salários mínimos são as principais vítimas dos criminosos. Outro estudo da Febraban, realizado em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), mostrou que os brasileiros dessa faixa etária passaram a usar mais a internet durante a pandemia da Covid-19.

De acordo com o levantamento, oito em cada dez pessoas com 60 anos ou mais acessam a rede quase todos os dias da semana. As atividades mais comuns realizadas on-line são o uso de redes sociais (81%), as videochamadas (78%), as transações bancárias (72%) e as pesquisas de preço (72%).

Background check proporciona segurança para instituições financeiras

Em meio a essa realidade, as instituições financeiras – bancos, corretoras, fintechs e empresas de crédito – devem buscar soluções que reforcem a segurança dos processos e dos sistemas internos para, assim, garantirem a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a prevenção à lavagem de dinheiro (PLD).

A LGPD (Lei nº 13.709) foi instituída no país em 2018 e, desde então, tem sido implantada em etapas. Este ano, entram em vigor as sanções para o crime de vazamento de dados. Já a PLD é uma política desenvolvida pelas Nações Unidas para evitar o uso do sistema financeiro para a realização de atividades ilegais financiadas pelo crime de lavagem de dinheiro.

No Brasil, a Lei nº 9.613 criou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) em 1998, que integra o sistema de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro. Ao longo de 2020, o órgão recebeu 248.989 comunicações de operações suspeitas. De janeiro a julho de 2021, o número de denúncias chegou a 234.336, o que corresponde a 95% do total do ano anterior.

Na avaliação do CEO da Exato Digital, Leandro Casella, a adequação às regras e normas vigentes é indispensável para as empresas que têm interação direta com o mercado financeiro. Ele aponta que o background check é uma ferramenta que pode auxiliar na conformidade.

A solução permite realizar a checagem prévia de antecedentes e, assim, validar as informações fornecidas por clientes, funcionários e parceiros. Na prática, o background check automatiza os processos de verificação de CPF e CNPJ, reduzindo os riscos de fraude e falsidade ideológica. 

“Por meio da ferramenta, é possível fazer verificações em fontes de dados públicas e privadas, que permitem a confirmação da veracidade das informações fornecidas e a fácil identificação de irregularidades, o que auxilia no cumprimento das regras de PLD estabelecidas pelo Banco Central”, explica Casella.

Segundo o especialista, a checagem inclui a situação dos documentos junto à Receita Federal; as informações sobre Pessoa Exposta Politicamente (PEP), o Cadastro Nacional de Empresas Punidas e os terceirizados de Órgãos Federais disponibilizados pela Controladoria Geral da União (CGU); os processos judiciais nos tribunais; os licitantes inidôneos junto ao Tribunal de Contas da União; além das listas de sanções da União Europeia, da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC).

Clientes também devem se prevenir

Na tentativa de alertar os brasileiros sobre os golpes financeiros mais recorrentes e as formas de prevenção, a Febraban mantém uma página anti fraudes em seu site na qual dá orientações aos clientes.

Entre as principais medidas de segurança recomendadas pela instituição estão: não divulgar as senhas bancárias, não emprestar cartões de débito e crédito, não clicar em links desconhecidos na internet, ativar o duplo fator de autenticação em aplicativos e não fornecer informações em redes sociais e telefonemas.

Conhecer a dinâmica usada pelos criminosos na aplicação de golpes também é uma forma de precaução. Por isso, a Febraban recomenda a leitura das informações divulgadas no site para aumentar a segurança no ambiente digital e no dia a dia.

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