Uma das grandes transformações que o comércio e varejo, senão talvez a maior delas, sofreu nos últimos anos no Brasil foi a agilidade com que produtos são distribuídos e chegam até os consumidores.
Se antigamente a logística de entrega era um dos fatores que mais interferiram no crescimento do comércio, especialmente eletrônico, atualmente as redes de distribuição de grande varejo, marketplaces e até mesmo lojas físicas ganhou outro patamar.
Por essa razão, as empresas que trabalham com a distribuição de mercadorias necessitam reciclar não apenas as suas frotas, mas também as formas de gestão de equipes e clientes, com foco na agilidade de entrega e qualidade também.
“É preciso que as empresas de logísticas e transportadores fiquem atentas às transformações e demandas do mercado, e assim como o próprio varejo passou a ser mais informatizado, é fundamental fazer o uso de tecnologia para deixar os processos ágeis e precisos”, explica Victor Vilas Boas Cavalcanti, CEO da Infleet, desenvolvedora de soluções para gestão inteligente e tecnológica de empresas de logística.
Cavalcanti elenca algumas dessas tendências que estão mais em voga no mercado logístico e como as empresas devem fazer uso desses recursos para aumentar a lucratividade, reduzir custos e agilizar as entregas. Com base no uso da tecnologia para a gestão de frotas, aqui estão quatro principais tendências que estão impulsionando a transformação no mercado logístico:
1 . Internet das Coisas (IoT) e Telemetria
Com o advento da IoT, os veículos podem ficar conectados e transmitir dados em tempo real. Sensores e dispositivos inteligentes podem coletar informações sobre o desempenho do veículo, modo de condução do motorista, consumo de combustível, manutenção preditiva, entre outros aspectos relevantes para a gestão da frota.
A telemetria, por sua vez, permite que vários índices e controles da frota sejam aferidos em tempo real e de maneira remota, possibilitando o monitoramento dos veículos e motoristas para melhorar a eficiência e a segurança. Por exemplo, com o uso de tecnologias como GPS para acompanhar localização, velocidade, rota e desempenho dos veículos, e assim, tomar decisões mais assertivas e um aumento da produtividade da equipe de motoristas.
2 . Big Data e Análise de Dados
Além de coletar informações, é essencial analisá-las. Por ferramentas de análise de dados, é possível extrair insights valiosos para otimizar a gestão da frota, identificar padrões de consumo, encontrar rotas mais eficientes e prever falhas mecânicas. A análise de dados também possibilita a criação de rankings de desempenho dos motoristas, contribuindo para uma condução mais segura e econômica.
“É possível, por exemplo, criar uma cultura de condução econômica, que só pode ser avaliada a partir do cruzamento inteligente de uma série de dados, como excessos de velocidade, frenagens, acelerações e sinistros”, explica o CEO da Infleet.
3 . Inteligência Artificial (IA) e Aprendizado de Máquina.
A IA e o aprendizado de máquina estão sendo cada vez mais utilizados na gestão de frotas para melhorar a tomada de decisões. Algoritmos podem ser desenvolvidos para analisar dados históricos e em tempo real, identificar padrões, prever eventos futuros, otimizar rotas, gerenciar estoques, sugerir manutenção preditiva, entre outras aplicações.
A gestão eficiente de combustível, por exemplo, pode ser feita com o uso de IA, permitindo um controle mais rigoroso e organizado do desempenho do veículo e condução do motorista a partir da análise de padrões, facilitando o registro, acompanhamento e resolução das falhas.
4 . Mobilidade como Serviço (MaaS)
A ideia de MaaS envolve a integração de diferentes modos de transporte em um único serviço, com a utilização de tecnologia para facilitar a reserva, pagamento e coordenação de viagens. A gestão de frotas pode se beneficiar do conceito de MaaS, permitindo uma melhor utilização dos veículos, compartilhamento de recursos e uma abordagem mais eficiente para atender às demandas de transporte.
Para os contratantes, isso traz uma segurança muito maior, com a garantia de que as cargas chegarão aos destinatários e que todos os processos serão cumpridos, como emissão de notas fiscais, permissões de cargas especiais, autorizações de entrada em pátios e outros.
“É importante ressaltar que essas tendências estão em constante evolução e podem variar conforme o avanço tecnológico e as demandas específicas do setor de logística de transporte”, reforça Cavalcanti.
Deixe um comentário