A TV aberta e a TV por assinatura já vinham sentindo seus números diminuírem ao longo dos últimos anos. Tudo isso, porque a internet deu liberdade para que as pessoas ‘fizessem as próprias programações’, além de não ficarem sendo atreladas a um determinado horário.
Com a chegada dos streamings, como Netflix, Prime Vídeo, HBO Max e outros, isso acendeu ainda mais o alerta. Que tal colocar esses pormenores numa espécie de balança dinâmica e avaliar os prós e contras? Caso queira compreender melhor, vem com a gente.
Fazendo sua programação, com valores que cabem no bolso
Mesmo que a televisão aberta seja gratuita, com a chegada dos streamings e seus preços muito interessantes (a Netflix, por exemplo, tem mensalidades a partir de R$18,90 e a Prime vídeo apenas R$9,90), muitos espectadores migraram para essa nova forma de entretenimento.
Além disso, há uma variedade e tanto de filmes e séries, ou seja, caso queira conferir algum documentário sobre avental de chumbo, pode ser que encontre. E se antes precisávamos esperar determinado horário para conferir uma novela, atualmente, pode-se fazer sua própria programação e assisti-la, mesmo que seja de madrugada.
Uma nova forma de linguagem
A linguagem da televisão aberta, seja ela referente às novelas ou aos programas de auditório, não dialoga mais com essa nova geração. Apesar de ainda gerarem números expressivos, vêm de cidadãos com mais idade.
Seriados como Stranger Things, mesmo que apresente um universo que referencia os anos 1980, compreende que o público adolescente e jovem adulto deseja algo mais rápido e que possa ser ‘maratonado’ no menor espaço de tempo possível.
Comparativamente, se tivéssemos uma programação voltada a fazer reforma de capotas para lanchas, por exemplo, em qual lugar haveria uma ‘liberdade’ para testar possibilidades? E é também por isso que a Rede Globo, a maior emissora do país, investiu em seu próprio streaming e tem recebido muitos elogios.
O potencial de retenção de novos leads e clientes fiéis, além da possibilidade de um marketing mais efusivo, é primordial para não ‘morrerem’ lentamente. Não que acredite que a TV aberta acabará, ela apenas fará uma remodelagem, como ocorreu com o rádio há décadas atrás.
Comparativamente, é como se você gerisse uma marca de conserto de portão automático e resolvesse deixar o digital de lado, ou seja, sem vídeos para as redes sociais, uma landing page ou investimento em tráfego pago, tudo seria em vão.
Dá para sentir um certo desespero e sinais de mudança quando programas que inserem YouTubers e outros famosos das redes sociais (a influenciadora Jade Picon no BBB ou Cocielo no extinto Pânico) tentam emular essa interatividade dentro de sua grade.
Funciona? Na maior parte das vezes não. Mas é um jogo de tentativa e erro que pode somar prejuízos tremendos, já que estamos falando de marcas milionárias, com patrocínios gigantescos.
O que acontecerá a partir de agora?
Cada vez mais, as emissoras de TV aberta vão apostar em seu próprio streaming e, consequentemente, farão os lançamentos do mesmo primeiro aos assinantes e, em seguida, para quem é ‘espectador convencional’.
O problema disso é que com tanta concorrência, os comerciais e os valores para investimento em marketing (sejam eles online ou offline, como em outdoors, etc) se elevarão. Há a necessidade de ter uma equipe experiente e focada em cada uma das últimas tendências.
O Tik Tok está bombando? Crie uma conta e gere conteúdo para lá. O Instagram moldou uma nova hashtag? Vá até lá e não deixe seus seguidores saírem sem conferir aquele material.
A diminuição do público na TV aberta
Nos números que apresentaremos agora, confira a diminuição do público na TV aberta:
- Rede TV: redução de 25%;
- SBT: redução de 16%;
- Band: redução de 14%;
- Globo: redução de 6%.
Os espectadores mudaram, a sociedade não é a mesma de décadas atrás e ninguém mais quer ficar dentro de uma ‘bolha’, sem a possibilidade de aderir a novas opções, principalmente quando se trata de entretenimento.
Gostou do conteúdo sobre qual é o impacto dos serviços de streaming para a televisão aberta? Então, conte para gente nos comentários e não deixe de acompanhar as novidades no blog e compartilhar nas redes sociais.
Este artigo foi escrito por Éder Pessôa, criador de conteúdo do Soluções Industriais.
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