Talvez seja hora de repensar aquelas falas de que as mulheres dirigem mal, como “mulher ao volante, perigo constante”. O seguro automotivo é mais barato para mulheres e o motivo é simples: elas se envolvem menos em acidentes de trânsito e causam menos prejuízos às seguradoras. Para a especialista da GFT Credmais, Meline Sousa, o fato de homens causarem mais acidentes é uma questão cultural.
“Não há qualquer fator biológico que diga que homens ou mulheres são melhores no volante. O que talvez explique é a cultura. Muitos homens olham para o carro como um objeto em que visam velocidade, força do motor, e colocam isso em prática, já a mulher tende a ter um zelo maior, por isso se envolvem em menos acidentes”, destaca Meline.
Segundo dados disponibilizados pelo Detran dos estados de São Paulo, Acre e do Distrito Federal, além do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), as mulheres são responsáveis por apenas 11% dos acidentes causados no trânsito. Em relação às mortes, o percentual é de 27% femininas, contra 73% de homens, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Já para os sinistros, o site especializado em seguros Compara Online afirma que 70% das indenizações são pagas a homens, e 30% a mulheres.
A Federação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Fenabrave), apontou que, em 2022, o valor médio de seguro automotivo anual no Brasil, para mulheres, é de R$ 1.923, e para os homens, R$ 2.520. A Fenabrave também registra que a apólice de todos os carros do Brasil é mais barata para as mulheres.
A especialista da GFT Credmais reforça que o baixo número de acidentes causados por condutoras do sexo feminino, não está diretamente ligado ao número de mulheres que possuem carros. “Segundo o Denatran, as mulheres representam 35% das Carteiras de Motoristas do país. É só fazer uma conta rápida, se elas são 35%, e só representam 11% dos acidentes, está aí o motivo dos seguros serem mais baratos”, finaliza a especialista da GFT Credmais.
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