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8 em cada 10 golpes são finalizados fora do horário comercial, aponta estudo

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Cibercriminosos levam menos dias para invadir sistemas, segundo análise realizada pela Sophos X-Ops no primeiro semestre do ano. A permanência dos invasores desde o início de um ataque até o momento em que ele é detectado, diminuiu de dez para oito dias, considerando todos os tipos de incidentes, e para cinco dias em casos de ransomware. Em 2022, o tempo médio já havia sido reduzido de quinze para dez dias.

Segundo o estudo, em média, o hacker leva menos de um dia para acessar o Active Directory (AD), uma das ferramentas mais importantes para as empresas. O AD gerencia a identidade e o acesso aos recursos de uma companhia, o que significa que os invasores podem utilizá-la para acessar dados preciosos, realizando uma ampla variedade de ataques.

Os incidentes de ransomware foram o tipo de ataque mais predominante nas amostras analisadas, representando 69% das investigações, e o intervalo médio de permanência foi de cinco dias. Em 81% dos casos a parte final do golpe foi lançada fora do horário comercial e, entre aqueles que foram implementados durante o horário de trabalho, poucos ocorreram em um dia de semana.

Segundo o especialista em cibersegurança, Jonathan Arend, Principal Consultant de Cybersecurity da keeggo, os ataques de ransomware não afetam apenas grandes corporações, como também, a sociedade como um todo. “Ataques como esses se utilizam de um malware para criptografar dados de organizações, fazendo com estas fiquem sem acesso aos seus sistemas. Uma situação perigosa, já que na maior parte das vezes os alvos desses ataques estão ligados a serviços essenciais,como empresas de energia, instituições de ensino e até mesmo hospitais, fazendo com que a população também sofra danos colaterais com esse tipo de invasão”, revela.

A Inteligência Artificial e a automação tiveram o maior impacto na velocidade de identificação e contenção de violações nas organizações, mas apenas 23% das empresas brasileiras estão usando extensivamente a segurança impulsionada pelas inovações. Este é um índice 17% menor do que a média global, segundo a IBM (International Business Machines Corporation).

No país, 42% das violações de dados resultaram na perda de informações de diversos tipos de ambientes. De acordo com a IBM, isso indica que os cibercriminosos foram capazes de comprometer várias áreas enquanto evitaram a detecção.

Em muitos casos, organizações acabam optando a pagar por um resgate para reaver o acesso aos sistemas infectados. No entanto, não existe uma garantia de que este vai ser restaurado quando pago o valor exigido. Outro ponto, é que ao realizar tal ação as vítimas acabam incentivando, mesmo que indiretamente, que tais ataques cibernéticos continuem serem propagados”, comenta o especialista.

De acordo com a 2ª Pesquisa Nacional BugHunt de Segurança da Informação, realizada pela Bug Hunt, neste ano mais de 1/4 das empresas brasileiras sofreram ataques cibernéticos. Na comparação com a primeira edição do levantamento feito em 2021, houve um crescimento de 8% no número de empresas que foram vítimas dos hackers. Um dos estados mais prejudicados foi o Ceará com a invasão no website do governo. Sites oficiais da regência do Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul também foram atingidos.

No dia 8 de agosto, o hacker, Walter Delgatti, depôs por incluir dados falsos sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um dos sites mais seguros do Poder Judiciário, segundo a empresa Let’s Encrypt. O STF divulgou que reforçou o monitoramento anti-hacker depois dos últimos acontecimentos, como o ataque de janeiro.

“A melhor forma de evitar situações como essas é investir em medidas preventivas como a implementação de softwares de segurança que possam verificar a vulnerabilidade do sistema, manter as licenças de uso sempre atualizadas, executar planos de contingência por meio do backup de dados e investir em treinamento sobre segurança da informação aos profissionais da empresa para que esses sejam instruídos a boas práticas de proteção como não abrir emails suspeitos ou até mesmo não executar aplicações não autorizadas. Tais ações  podem ser aplicadas no cotidiano das organizações e garantir uma segurança frente a ataques cibernéticos”, finaliza Jonathan.

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