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Mercado de investimentos na área da saúde: tendências e oportunidades

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Diante da expectativa de expansão do setor da saúde nos próximos anos, os investimentos na área tendem a despertar maior interesse dos investidores. Entre as alternativas estão a compra de cotas de fundos de investimentos imobiliários (FIIs) e ações de empresas. Mas antes de investir, a orientação é conhecer os produtos financeiros e as dinâmicas das operações, como alerta a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Empresas especializadas em saúde registraram retornos financeiros mais altos do que a média na última década, segundo o indicador de Retorno sobre o Capital (ROIC) apresentado no estudo “Uma Visão de Investimento do Mercado de Saúde”, realizado pela Deloitte.

O estudo aponta que, no setor farmacêutico, as áreas que mais cresceram foram oncologia, musculoesquelética e antivirais. Já no setor hospitalar, a cardiologia, a cirurgia e a ortopedia saíram na frente.

A perspectiva é que o mercado continue a expandir nos próximos anos com a aprovação da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. A proposta pretende reduzir a dependência do Brasil de insumos e produtos estrangeiros, o que tende a movimentar a cadeia produtiva nacional. Para isso, são estimados investimentos públicos e privados de R$42 bilhões até 2026.

Mas o desempenho do setor não deve ser o único fator a ser observado pelos investidores para definir quais ativos serão incluídos na carteira de investimentos. A Anbima recomenda estudar a fundo sobre os produtos para fazer uma escolha assertiva.

Assim, antes de investir, já é necessário ter em mente sobre  FIIs: o que é, como funciona, quanto é preciso para aplicar, quais os riscos e vantagens. As mesmas informações são válidas para as ações. A Bolsa de Valores (B3) informa, ainda, sobre a importância de analisar o histórico de desempenho do fundo e das empresas para saber quais valem mais a pena no mercado da saúde.

Possibilidades de investimentos

O analista de investimentos, Gabriel Diniz Junqueira, acredita que os FIIs de empresas do setor podem ser uma opção para os investidores. “O segmento de saúde possui um potencial enorme para ser explorado”, disse em entrevista.

Os FIIs representam uma forma coletiva de investir em ativos imobiliários, como edifícios comerciais, galpões logísticos, shoppings centers e títulos para o financiamento de empreendimentos. Suas cotas são negociadas na B3, o que proporciona liquidez aos investidores.

No setor de saúde, os investimentos em FIIs auxiliam na criação de uma base de capital para a aquisição e o desenvolvimento de propriedades, como clínicas, hospitais e laboratórios.

Entre as opções listadas na B3 estão os fundos: Hospital da Criança (HCRI11), Hospital Unimed Campina Grande (HUCG11), Hospital Unimed Sul Capixaba (HUSC11), Husi (HUSI11), Hospital Nossa Senhora de Lourdes (NSLU11) e Novo Horizonte (NVHO11).

Para quem investe em FIIs, há três formas de remuneração. Uma delas é por meio do pagamento de dividendos, o que garante uma renda passiva periódica ao investidor, proporcional às cotas que possui. Nem todos os fundos pagam dividendos, por isso, é necessário informar-se antes de investir.

Também é possível vender as cotas de um fundo após o processo de valorização. Dessa forma, o investidor lucra com a diferença entre o valor pago na aquisição e o da venda. Desde novembro de 2020, também está autorizado o processo de aluguel das cotas.

Já no mercado de ações, a orientação da B3 é avaliar os documentos de cada empresa para entender o desempenho nos últimos anos e as projeções para os próximos. Entre as companhias listadas na Bolsa de Valores estão: Blau Farmacêutica (BLAU3), Dasa (DASA3), Hypera Pharma (HYPE3), Odontoprev (ODPV3), entre outras.

Por onde começar?

Para quem está começando no mundo dos investimentos, é possível ficar confuso diante de tantas possibilidades. Seja para aplicar em FIIs, ações ou, até mesmo, em outras alternativas, a recomendação é seguir um plano estratégico para maximizar as chances de sucesso.

A Anbima disponibiliza um manual on-line e gratuito com instruções detalhadas para iniciantes. O material aborda tópicos sobre a importância do planejamento e da pesquisa sobre o mercado. Além de auxiliar na definição do perfil do investidor e na organização das despesas para começar a investir.

Outra opção é a contratação de uma corretora de valores, desde que sejam autorizadas para o funcionamento e tenham boa reputação no mercado.  O suporte profissional auxilia o investidor na tomada de decisões

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