*Por Stephanie Peart
Você certamente já ouviu a palavra SaaS, sigla para Software as a Service, ou Software como Serviço. O termo se refere ao modelo de distribuição e comercialização
Até 2011, por exemplo, para ter acesso a determinada versão do pacote Office, você precisava comprar uma licença e instalar os programas no computador. Hoje a Microsoft está priorizando a distribuição do Microsoft 365, versão online por assinatura das ferramentas Word, Excel, PowerPoint e outras.
A ideia de pagar uma assinatura para utilizar um produto — em vez de comprar — já está tão consolidada no mundo dos softwares que é até estranho lembrar que um dia foi diferente. O mesmo provavelmente vai ocorrer na maior parte das indústrias em um futuro não muito distante.
O modelo “as a service” nasceu e cresceu com os softwares, se popularizou no mundo do entretenimento, com serviços de streaming como Netflix e Spotify, e agora est
Nos dias de hoje, os consumidores, principalmente das novas gerações, estão mais preocupados com o resultado que vão obter ao utilizar um produto do que em ter sua propriedade. Querem poder se locomover da forma mais rápida e eficiente possível, na hora em que quiserem. Não querem se preocupar com manutenção, revenda, seguro ou impostos. Desejam poder trocar de carro, apartamento ou celular com frequência e cancelar seus contratos quando quiserem. Preferem pagar conforme usam, de forma automática no cartão de crédito, e, de preferência, sem acumular dívidas.
Os serviços digitais remodelaram nossas expectativas. Buscamos a mesma conveniência, flexibilidade e personalização
Segundo o relatório The Subscription Economy Index, que analisou companhias listadas na S&P 500, no ano de 2020 empresas com modelo de negócio por assinatura cresceram 11,6%, enquanto as tradicionais apresentaram queda de 1,6% em receitas. E essa tendência não vale apenas para empresas de tecnologia. É esperado que o mercado global de bens físicos por assinatura cresça de US$ 64 bilhões em 2020 para mais de US$ 263 bilhões em 2025, superando o mercado de serviços digitais por assinatura, segundo estudo realizado pela consultoria Juniper Research.
É claro que as pessoas não vão deixar de comprar seus bens do dia para a noite — nem mesmo deixar de comprá-los como um todo. No entanto, é inegável que as expectativas dos consumidores já não são mais as mesmas.
Sua empresa está pronta para a era dos serviços? Fica a provocação.
*Stephanie Peart é empreendedora e Head da Leapfone, startup do segmento de Phone as a Service, que permite que mais brasileiros tenham acesso a smartphones poderosos por meio de assinaturas de aparelhos novos e como novos.
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