No Brasil, onde o número de cabeças de gado (230 milhões) supera o de pessoas (215,3 milhões), a Spacevis by Stocci Farm anuncia o lançamento da primeira smart tag de rastreamento e monitoramento de gado totalmente produzida no país. A nova tecnologia promete uma revolução na rastreabilidade de bovinos, oferecendo monitoramento em tempo real, acompanhamento do nível de atividade para análise do bem-estar do animal, reconhecimento de atividades e geolocalização.
A startup Spacevis acabou de ser aquirida pelo multi family office GHT4, em parceria com a Stocci, empresa investida pelo Grupo que empresa investida pelo Grupo que atua na democratização do uso de dados e IA, transformando dados em valor agregado ao negócio. Essa será a primeira iniciativa do seu braço de negócio dedicado a Agropecuária, a Spacevis by Stocci Farm, pioneira na certificação e tokenização da origem dos dados coletados dos animais.
A smart tag, considerada a mais leve do mundo, utiliza um dispositivo de rastreamento similar aos brincos já utilizados nas orelhas dos animais. Equipada com GPS e acelerômetro, fornece dados precisos que são transmitidos diretamente ao software. Com capacidade de rastreamento de até 20 km e uma bateria com vida útil de quatro anos sem necessidade de recarga, o produto patenteado recebeu aprovação tanto da FDA (Food and Drug Administration) quanto da Anatel.
A solução Spacevis by Stocci Farm consiste no hardware (smart tag), uma rede de privada de conectividade e na plataforma Cattlevis, que permite aos pecuaristas e frigoríficos acompanharem de forma completa e inteligente seus rebanhos. Com tecnologia baseada em Blockchain, o sistema oferece transparência e compliance de todos os dados e histórico individual dos animais, com dashboard de fácil navegação e em única tela.
Volkswagen Caminhões e Ônibus e Taggen desenvolvem tecnologia IoT para gestão inteligente de pátio
De acordo com Guilherme Canavese, CEO da Spacevis by Stocci Farm, o lançamento é uma resposta às falhas encontradas no atual sistema de rastreabilidade existente no mercado, que carece de precisão e confiabilidade nos dados. “As tecnologias de identificação animal que existem hoje não permitem monitorar o boi, apenas identificar, tornando o processo de rastreabilidade muito falho”, observa Canavese.
Entre os diferenciais que fazem esse produto único no mercado está a possibilidade de monitoramento e rastreamento do gado em tempo real, 24 horas por dia. “Além dos pecuaristas e frigoríficos terem na palma da mão a localização de cada cabeça de gado, a solução permite monitorar a saúde animal por meio do registro de atividades diárias, registrando inércia, baixa, alta ou hiperatividade, e até mesmo acompanhar o cio das fêmeas”, explica.
O produto oferece rastreabilidade completa desde o nascimento até a prateleira, atendendo às crescentes demandas por transparência e segurança alimentar. Isso não só melhora a qualidade do produto, mas também fortalece a sustentabilidade na indústria alimentícia.
A localização exata do gado também ajuda a evitar que os animais sejam direcionados para áreas ilegais ou de desmatamento, contribuindo para a sustentabilidade na indústria alimentícia e para a obtenção do selo de boi verde nacional, cada vez mais valorizado pelas empresas preocupadas com iniciativas ESG.
Tokenização do gado
Em uma iniciativa inédita no mundo dos tokens, a solução é capaz de transformar o boi em ativo digital, ampliando suas possibilidades de uso como garantia real de crédito ao setor.
“A consolidação de inúmeras informações precisas sobre cada animal tem como base a tecnologia de Blockchain, um banco de dados imutável, o que permite entregar ainda mais confiança, segurança e transparência de dados aos criadores e ao mercado. Atualmente, só é aceito como ativos reais as propriedades e maquinários. Essa iniciativa vem para revolucionar o mercado”, reforça Gustavo Paro, CEO da Stocci.
Faz apostas? Veja como declarar ganhos no Imposto de Renda
Com mais de 230 milhões de cabeças, o rebanho bovino brasileiro representa um estoque estimado em R$ 800 bilhões. No entanto, devido à falta de garantias sobre a existência e origem desses animais, o setor pecuário enfrenta desafios para utilizar esse estoque em operações de crédito. O lançamento da smart tag surge como uma solução para essa questão, proporcionando dados precisos e confiáveis sobre o rebanho.
“Esse inovador produto vem para mudar um segmento importante da economia brasileira, a Agropecuária, por meio de uma tecnologia avançada e 100% desenvolvida no Brasil. A solução leva ao pecuarista a possibilidade de obter linhas de crédito competitivas, já que sem ela teria pouca garantia de negociação, aumentando assim seu fluxo de caixa e tornando-se mais competitivo no mercado”, reforça Caio David Abrahim, sócio fundador do Grupo GHT4.
A previsão é que sejam entregues mais de um milhão de dispositivos até o final de 2025.
Deixe um comentário