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Open banking e o futuro das fintechs no Brasil

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Desde fevereiro de 2021, o Banco Central do Brasil (Bacen) implementou a primeira fase de um novo formato de plataforma digital, que promete revolucionar o sistema financeiro brasileiro: o Open Banking – que traduzido para o português significa ‘Banco Aberto’. O Reino Unido foi o primeiro país a adotar o Open Banking em 2018. Hoje ele se tornou referência para os demais países que estão em processo de regulamentação das normas ao sistema financeiro.

Segundo o BC entre os benefícios do Open Banking no Brasil estão:

– Oferecer novos modelos de negócios;

– Colocar o consumidor no centro;

– Portabilidade de relacionamento entre instituições;

– Inclusão de segmentos desassistidos;

– Maior transparência;

– Controle sobre as finanças.

A Segunda Fase do Open Bankinge o empoderamento do cliente

A segunda fase da operação, que teve início no dia 13 de agosto, disponibiliza o compartilhamento de dados cadastrais e informações sobre transações e saldos do cliente – entre instituições financeiras. Para isso, o usuário terá que autorizar o procedimento por meio de um dos canais digitais de sua rede bancária. Bancos tradicionais no varejo, fintechs (empresas de tecnologia que oferecem contas digitais e crédito pela internet), cooperativas, empresas de cartões de crédito participarão desta nova modalidade.

Segundo o Banco Central, o compartilhamento de dados vai impactar de forma positiva para o cliente, que terá a oportunidade de negociar novos produtos, além da possibilidade de novas experiências na área financeira, de forma rápida e segura, mais adequadas ao seu perfil.

De acordo com Isabelle Kwintner, diretora sênior de estratégia da UzziPay – fintech digital financeira ecológica, o open banking vai proporcionar uma espécie de lei da oferta e da procura entre usuário e instituição financeira. “Na prática, o cliente – que é detentor dos seus próprios dados – vai levar estas informações para onde achar conveniente, fato que vai promover uma nítida mudança no relacionamento do usuário com as instituições”, afirma a especialista.

Instituições Financeiras: Bancos X Fintechs

O Open Banking chega ao Brasil numa época de expansão dos bancos digitais e do recorrente acesso à tecnologia e serviços online. Diante deste novo cenário os tradicionais bancos, mesmo ainda se adaptando ao formato tecnológico, terão papel relevante no mercado. “Os novos modelos de negócios vão se conectar mais às necessidades das pessoas – divididos por nichos de clientes e classes – promovendo um saudável estímulo à competição e consequente inovação do sistema financeiro brasileiro”, aponta Isabelle.

Para a especialista, o papel das Fintechs será o de utilizar estes dados na promoção de experiências inovadoras. Neste ciclo, o cliente vai aprender a priorizar e discernir sobre canais de parceria que ofereçam a melhor proposta e experiência, e se estabelecer onde mais se identificar.

As ofertas de mercado vão evoluir e servir também para as Fintechs. “O novo formato de plataforma digital promete revolucionar o sistema financeiro e estimular a concorrência sob a ótica do cliente. Todos ganham, as empresas que poderão oferecer novos serviços de acordo com as características dos clientes. E os usuários, que terão acesso a melhores benefícios por preços mais acessíveis devido a concorrência de mercado”, ressalta Isabelle.

Neste processo de transformação e evolução do mercado financeiro, muitas inovações ainda estão a caminho na agenda do Banco Central. O sucesso do PIX – forma de pagamento instantâneo brasileiro – que entrou em vigor em novembro de 2020, é um exemplo. De acordo com o BC, até o fim de abril de 2021, o PIX movimentou R$ 951 trilhões em 1 trilhão de transações. E com o Open Banking promete não ser diferente. A quarta fase, já tem data para ser implementada, está prevista para 15 de dezembro deste ano.

Próximos passos do Open Banking

Fase 2 – fase atual na qual os clientes, se quiserem, poderão solicitar o compartilhamento entre instituições participantes de seus dados cadastrais, de informações sobre transações em suas contas, cartão de crédito e produtos de crédito contratados. É preciso reforçar que o compartilhamento ocorre apenas se a pessoa autorizar, sempre para finalidades determinadas e por um prazo específico. E será possível para o cliente cancelar essa autorização a qualquer momento em qualquer das instituições envolvidas no compartilhamento.

Fase 3 – com início em 30 de agosto desse ano, nessa fase, surge a possibilidade de compartilhamento dos serviços de iniciação de transações de pagamento e de encaminhamento de proposta de operação de crédito.

Fase 4 – programada para começar em 15 de dezembro, permite o compartilhamento de informações sobre produtos de investimentos, previdência, seguros, câmbio, entre outros, ofertados e distribuídos no mercado.

“Foi dado o primeiro passo. Com o Open Banking muitas novidades vão impulsionar o desenvolvimento do setor. O aprimoramento das API’s (Application Programing Interface) e o amadurecimento das propostas são apenas algumas possibilidades de um sistema que chegou para ficar e gerar interatividade entre instituições e consumidor”, finaliza Isabelle

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