*Por Dionaldo Passos
Hoje em dia, praticamente qualquer pessoa com um smartphone em mãos resolve boa parte das tarefas diárias pelo aparelho, afinal, com ele tudo tende a ser mais fácil, rápido e confortável. Compra de comida? Dá para fazer pelo celular. Aluguel de carro? Também. É possível, inclusive, realizar diversos tipos de pagamento via aplicativos bancários; mas será que eles realmente são seguros?
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os apps bancários atualmente disponíveis garantem a segurança aos usuários. A instituição alerta, porém, que alguns descuidos por parte de quem os utiliza pode abrir brechas para indivíduos mal-intencionados. A Federação afirma que boa parte dos furtos de celulares em via pública acontece quando o aparelho está em uso, o que pode facilitar o acesso de criminosos a senhas e demais camadas de segurança que os aplicativos bancários oferecem.
Um dos serviços mais utilizados atualmente nos apps de banco é o Pix, modo de transferência de valores instantâneo e lançado no final de 2020. A ferramenta atingiu, no dia 4 de março deste ano, a incrível marca de 58,5 milhões de operações realizadas em tempo real. A tecnologia se tornou, em pouco tempo, um verdadeiro fenômeno para pagamentos no país. Porém, ao passo que cada vez mais pessoas utilizam o Pix, cresce o número de criminosos que enxergam na novidade uma possibilidade de ludibriar os usuários. Para não cair nesses golpes, é preciso tomar algumas atitudes quando utilizar o módulo de pagamento que, em si, é bem seguro.
Usar apenas o aplicativo do banco
Para utilizar o Pix, o usuário jamais deve clicar em links que receber, afinal, eles provavelmente irão direcioná-lo para uma página falsa que coletará os dados pessoais. É importante também jamais passar as informações bancárias via telefone, inclusive se o solicitante aparentar ser um familiar. Em caso de dúvidas, o recomendável é entrar em contato com essa pessoa via ligação para verificar a veracidade do pedido. É fundamental realizar operações financeiras apenas por meio dos aplicativos corretos, disponíveis na Google Play Store para usuários Android e App Store para donos de iOS.
Evitar Wi-Fi público
As redes públicas, disponíveis muitas vezes em shoppings, cafés ou rodoviárias, por exemplo, não são seguras para a realização de pagamentos via Pix, já que podem conter vírus ou outros dispositivos coletores de dados. Caso o usuário não conte com um Virtual Private Network (VPN), rede privada que dá mais segurança na navegação, o recomendável é utilizar as aplicações bancárias em outras redes Wi-Fi, de maior confiança.
Falsas centrais de atendimento
Nenhuma instituição bancária pede a senha do usuário, em nenhuma hipótese. Por isso, caso a pessoa receba algum tipo de solicitação do tipo, deve estranhar de antemão. Criminosos frequentemente criam falsas centrais de atendimento para ludibriar os clientes dos bancos e aplicar golpes. Outra coisa extremamente importante, para ninguém se confundir: a chave Pix, que serve para identificação de uma conta, não é a mesma coisa que a senha que o usuário tem para acessar o aplicativo ou o caixa eletrônico. Ninguém deve informar qual é a sua senha bancária.
Outras dicas
Para evitar golpes do gênero, é importante sempre conferir o remetente de e-mails recebidos, cadastrar a chave Pix apenas nos apps oficiais dos bancos, disponíveis nas lojas virtuais, além de nunca compartilhar o código de verificação recebido quando a chave Pix é cadastrada. Uma outra dica importante é consultar o CPF frequentemente para verificar se houve alguma fraude aplicada em nome do usuário inocente.
*Dionaldo Passos é CEO da Navita, empresa especializada em gestão de mobilidade corporativa.
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