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Black Friday e Copa do Mundo: especialistas dão dicas para empresas aproveitarem união das datas

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A Black Friday se consolidou de vez no calendário brasileiro já há alguns anos. Em 2022, contudo, uma coincidência promete dar à data um tom especial: a Copa do Mundo acontece excepcionalmente no final do ano, entre 20 de novembro e 18 de dezembro. Isso porque as altíssimas temperaturas médias do país sede desta edição, o Qatar – muitas vezes acima dos 40° no meio do ano – forçaram a organização a postergar a data.

Já a Black Friday 2022 acontecerá no dia 25 de novembro – apenas horas depois do primeiro jogo da seleção brasileira no Mundial, às 16h do dia 24, quando o time estreia contra a Sérvia. E o que uma coisa tem a ver com a outra? De acordo com as sócias da Jahe Marketing, Thaís Faccin e Satye Inatomi, a união das datas gera novas oportunidades de negócios para pequenas e médias empresas.

“Para o varejo, eventos como a Copa do Mundo são um convite irresistível para criar promoções e atrair um público interessado em trocar a televisão da sala, ou criar um ambiente convidativo para assistir aos jogos com os amigos. Essas duas ideias em conjunto já seriam motivo para que o comércio estivesse com boas expectativas. Mas alguns números corroboram o otimismo”, diz Faccin.

Uma pesquisa do Google/Ipsos de agosto de 2022 com foco no público brasileiro aponta que cerca de 70% dos entrevistados pretendem comprar nesta Black Friday. Além de ser uma margem considerável, constatou-se um aumento de 16 pontos percentuais em relação ao ano de 2021. Ainda de acordo com esse levantamento, as cinco categorias mais desejadas, em ordem de prioridade, são calçados, roupas, papelaria, eletrodomésticos e eletroportáteis.

“Há espaço para que as empresas façam excelentes negócios na Black Friday da Copa. Mas é preciso que todos estejam alinhados para chegar ao sucesso. Isso quer dizer que não é apenas o marketing que deve dar atenção especial ao tema, mas todas as áreas da companhia, pois trata-se de uma operação comercial completa, que movimenta estoque, atendimento, logística, caixa e tudo que envolve a operação”, comenta Satye Inatomi.

Então, como maximizar a visibilidade da sua marca e atrair mais clientes no ambiente de Black Friday junto à Copa do Mundo? Para a Jahe Marketing, essa temporada será marcada fortemente, também, pela influência do figital (físico+digital) ou phygital se for grafado em inglês, no comportamento dos consumidores.

Não existem limites bem definidos para indicar o que é ou não figital. “O termo é utilizado para se referir à oferta da melhor experiência ao consumidor, lançando mão, para tanto, do melhor de cada um dos canais de vendas. E isso é, afinal, tudo o que a Black Friday 2022 deve ser”, diz Thaís Faccin.

Ela explica que, em momento no qual muitas pessoas estarão fora de casa, acompanhando jogos com família e amigos, muitas compras serão feitas por aplicativos móveis, nos celulares, dando preferência a locais mais próximos de onde se está.

“Ou seja, é impossível falar de varejo figital sem pensar na geolocalização do consumidor e na agilidade de entrega – como a facilidade de se buscar um eletrônico na loja física ou a rapidez para receber gelo e carvão para o churrasco depois dos jogos (muitos acontecerão do meio para o final da tarde).”

Inatomi complementa que, considerando a grande concorrência para a data, deixar tudo para a última hora não é um bom negócio. “A Black Friday já há alguns anos também fez surgir a Black Week, e mais recentemente, o Black November. Ou seja, um mês inteiro de promoções e ofertas para atrair o consumidor”, afirma. “Assim, quem ainda não tem a estratégia pronta para surfar o movimento, precisa correr para não perder o bonde.”

A seguir, as sócias da Jahe Marketing dão dicas para que as pequenas e médias empresas aperfeiçoem suas ofertas e atendimento para a data. Confira:

Oportunidade de obter novos clientes – O período da Black Friday não é somente uma oportunidade de vender mais, mas também de obter novos clientes, que podem, então, ser fidelizados por uma boa experiência – inclusive para a próxima grande data do calendário, o Natal. Portanto, compreender bem a jornada de compra do seu consumidor é fundamental para melhorar a trajetória até a compra e deixá-lo satisfeito.

Planeje os descontos de forma estratégica – Os consumidores estão procurando descontos que valham a pena. Antes de simplesmente cortar o preço pela metade, contudo, é preciso que as empresas avaliem seu estoque e descubram quais itens são mais estratégicos para sua promoção. Vale até oferecer um item menos procurado de forma gratuita, ou oferecer cupons de desconto em uma próxima compra.

Criar senso de urgência é válido, mas evite excessos – O público estará mais inclinado a fechar negócio durante a Black Friday, mas apenas se os preços estiverem atraentes. Por isso, é interessante chamar a atenção para o fato de que os valores continuarão mais baixos somente por um período de tempo, e que é melhor aproveitar as promoções. Esse senso de urgência é válido, e muitas companhias indicam na página dos produtos quantos itens ainda estão disponíveis. É importante, porém, evitar excessos para o tiro não sair pela culatra, e acabar irritando os consumidores. Muitas mensagens ou abordagens sucessivas podem cansar os clientes potenciais.

Não deixe de acompanhar a concorrência – Acompanhar o que os concorrentes estão fazendo em datas-chave do calendário é importante.. Visite as lojas, navegue nos sites, simule uma compra, conheça o atendimento. Conhecer os pontos fortes das outras lojas pode ajudar a empresa a identificar os seus – e também entender o que precisa ser melhorado.

Aprenda com o passado – Uma estratégia bem-sucedida em anos anteriores não significa que não há nada que possa evoluir. Em um mercado que mudou muito nos últimos anos por conta da digitalização e os efeitos da pandemia, é natural que o negócio tenha transformado muitos processos em pouco tempo. Por isso, checar os indicadores para entender o que pode ser feito melhor, ou simplesmente abandonado por não funcionar, é essencial. Plataformas de CRM ou de mídia programática costumam gerar insights valiosos. As redes sociais também.

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