Ganhar dinheiro na Bolsa de Valores é uma ideia que atrai muitas pessoas. Entretanto, para ter sucesso nesse tipo de atividade, é preciso entender a dinâmica das operações e criar estratégias de acordo com dados estatísticos e características pessoais do investidor.
Sempre que um investidor pensa em acumular patrimônio investindo, o mais indicado é trabalhar com uma estratégia de longo prazo, procurando por ativos com potencial de valorização para que possa lucrar com o passar do tempo. Entretanto, o ambiente da Bolsa de Valores não se restringe apenas a esse tipo de objetivo.
Há boas alternativas para quem pretende rentabilizar já no curto prazo, considerando um período de no máximo três meses. Para isso, o investidor deve ser capaz de identificar oportunidades em um cenário de elevado grau de volatilidade, marca registrada da Bolsa.
Entre as principais operações de curto ou curtíssimo prazo estão o scalping, o day trade e o swing trade. Essas modalidades concentram-se na constante variação do preço de ações. Caso o investidor seja capaz de perceber uma movimentação mesmo dentro de alguns minutos, ele pode comprar na baixa e vender na alta para ter lucro, além de fazer outras abordagens visando retorno financeiro.
Scalping
Esta é uma prática que se concentra em um intervalo extremamente curto, de pouquíssimo segundos. Para que seja adotada, são praticamente descartados recursos como a análise fundamentalista de ações, que se dedica a interpretar os fatores internos e externos das empresas que influenciam nas suas operações.
Mesmo acontecimentos importantes, como determinadas notícias do dia, não influem tanto na ação do investidor, uma vez que seu impacto pode não ser tão significativo dentro da estratégia do scalper.
No fim, o foco desse investidor está realmente nos gráficos de preços e nos fluxos de compra e venda dos ativos, pois é em função deles que medidas mais imediatistas podem ser tomadas.
Day trade
São operações concentradas no período que vai da abertura até o fechamento do pregão, ou seja, um único dia. Embora também precisem estar focados nos gráficos de preços, os praticantes dessa modalidade têm, além de mais tempo para manter sua posição diante de determinado investimento, a necessidade de prestar mais atenção a fatores que impactam na realidade das empresas.
Como suas abordagens, apesar de serem rápidas, podem levar algumas horas para serem concretizadas, eventos inesperados têm maior impacto nas estratégias, o que pode fazer o mercado se movimentar em caminhos opostos ao esperado.
O trader pode, por exemplo, investir na compra de ativos de uma empresa, acreditando que até o fim do dia suas ações terão uma disparada de preço, mas ser surpreendido com uma notícia sobre medidas do governo que façam o valor das ações despencarem.
É por isso que cabe ao especialista em day trade atuar com técnicas como a análise técnica e o chamado stop loss, uma ordem automática de venda de ações para mitigar perdas.
Swing trade
Se no day trade o foco está na identificação das movimentações diárias, no caso do swing trade é possível pensar em estratégias mais duradouras, mesmo que o investidor não esteja interessado em esperar anos para ter resultados. Por isso, ao swing trade é atribuída a condição de prática de curto e médio prazo na Bolsa. A operação pode durar entre dias e semanas e, em alguns casos, até meses.
Na prática, as mesmas abordagens realizadas no day trade também podem ser feitas no swing trade, mas enquanto o primeiro exige maior atenção à volatilidade dos papéis, o segundo sugere que o trader divida sua atenção entre essa característica da Bolsa e as tendências do mercado de um modo geral.
É nesse sentido que soluções como a análise fundamentalista das empresas passam a ser mais interessantes para o swing trade porque, associada à análise técnica, ela poderá dar ao investidor um panorama mais geral a respeito do mercado e dos ativos.
Deixe um comentário