domingo , 28 abril 2024
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FedNow, o ‘Pix americano’: que lições o sistema brasileiro pode dar ao estreante

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O Federal Reserve, órgão estadunidense equivalente ao nosso Banco Central, vai lançar em julho seu sistema de pagamentos e transferências instantâneas, batizado de FedNow. É o ‘Pix americano’. A notícia divulgada no mundo todo gerou curiosidade aqui no Brasil, já que, para nós, o Pix já é uma realidade bem-sucedida há mais de dois anos.

Pois é, aquela história de que tudo que vem de fora é melhor e mais inovador é um grande mito. O Brasil está na vanguarda do sistema econômico, à frente de vários outros países, inclusive dos Estados Unidos, uma potência mundial que tem um dos sistemas mais complicados do mundo.

O Fed atua de forma independente do governo norte-americano e é o responsável por estabelecer as taxas de juros e a estabilidade econômica do país, algo que anda em xeque nos últimos tempos. A criação do FedNow vai de encontro a esse novo cenário, dando uma opção mais completa e menos onerosa à população. Porém, quem pensa que ele deve superar a tecnologia brasileira se enengana.

O Pix foi uma das inspirações do modelo americano, mas a tecnologia americana não é totalmente baseada na brasileira. Ela ainda deve ficar atrás com relação às funcionalidades, tanto para quem utiliza quanto para quem oferece. Algumas das ferramentas de utilização que ele irá proporcionar são de gerenciamento de liquidez, prevenção de fraudes, autorização para que o participante opte somente por recebimento, e pedido de capacidade de pagamento. Além disso, no início ele será limitado somente a empresas parceiras.

Nosso sistema é hoje um dos melhores do mundo. A tecnologia empregada pelo Pix é eficiente e possui muito menos pontos de contato do que a do FedNow, tornando-o mais efetivo e mais transparente. O Brasil abriu para outros países o modelo do Pix de forma gratuita, pois acredita que exportar essa tecnologia pode contribuir para a evolução do sistema financeiro mundial.

O fato é que o Federal Reserve deve apostar fortemente no FedNow, pois ele próprio e os bancos ficaram para trás e perderam dinheiro com a criação de aplicativos para pagamentos instantâneos privados. Eles também viram, muito pelo caso de sucesso brasileiro, que esse é o caminho a seguir. Um caminho em que estamos muitos passos à frente.

Ticiana Amorim é CEO da Aarin, hub tech-fin especializado em Pix e Embedded Finance.

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