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Marketing de Curadoria é tendência em meio ao excesso de conteúdo online

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Fornecer conteúdo de qualidade para os consumidores se tornou uma das regras de ouro do marketing nos últimos anos. Mas, diante de uma avalanche de informações e opções, a oferta já não basta. É preciso também ajudar a audiência a escolher e selecionar as melhores opções.

Por isso, cada vez mais marcas e eventos escolhem o modelo de curadoria para criar conexões mais genuínas com seus públicos, e explorar o vasto conteúdo disponível no mundo online.

Um exemplo recente é o projeto Start Smart, da Samsung, lançado no Reino Unido. Ciente de que uma das maiores dificuldades ao comprar uma nova Smart TV é escolher que serviços sob demanda assinar, a empresa oferece aos novos consumidores alguns meses de assinaturas grátis, para que ele possa escolher com calma.

No Brasil, não faltam empresas apostando na seleção de conteúdos (via redes sociais, newsletters ou compartilhamento de notícias relevantes, por exemplo) ou de produtos e serviços para atrair a atenção de uma audiência qualificada.

“É um clichê, mas a verdade é que internet é hoje um mar sem fim, em termos de informação e de produtos disponíveis. Para ficarmos apenas no conteúdo em vídeo, um dado de 2019 da Statista apontava que 500 horas de material são enviados ao YouTube a cada minuto”, diz Thaís Faccin, sócia-fundadora da Jahe Marketing, assessoria de marketing especializada em soluções 360°. “É impossível darmos conta de tudo que está online e que é do nosso interesse. E, ao mesmo tempo, como marcas, estamos também contribuindo para esse acúmulo.”

Diante disso, as companhias passaram a apostar também na seleção do que já está disponível como maneira de se aproximar de sua audiência.

“Nós já fazemos isso no dia a dia. Vemos algo interessante, compartilhamos com um amigo ou nas nossas redes. No marketing corporativo, a ideia é a mesma: ampliar o diálogo com o seu público ao transformar sua companhia em um amigo próximo que está conectado com as novidades e aponta coisas interessantes de se ler, assistir e ouvir”, afirma Satye Inatomi, também sócia e fundadora da Jahe Marketing.

As duas ressaltam, no entanto, que esse é um esforço que deve ser feito paralelamente à produção de conteúdo próprio, que não deve ser deixada de lado. “Até porque, é ele que vai transmitir de maneira mais direta as mensagens e valores da marca”, diz Faccin.

Ampliar demais o escopo de temas abordados, ou compartilhar conteúdos com linguagem completamente diferente da adotada normalmente pela empresa em suas comunicações, são outras tentações a serem evitadas.

“Assuntos não param de surgir em redes sociais, modas são resgatadas e notícias pipocam de todos os cantos. Mas não escolher bem qual tipo de conteúdo você selecionará pode afetar a sua credibilidade e autoridade na internet”, complementa Inatomi.

Elas sugerem a escolha de materiais que se relacionam com o negócio, mas que também tenham relação com a persona da marca e a persona do seu cliente ideal. “Ou seja, se essas duas pessoas imaginárias sentarem para conversar em um bar, sobre o que falariam?”, diz Faccin.

É recomendável aproveitar canais já estabelecidos para criar essa nova conversa com seu público. “Blogs, newsletters, podcasts e redes sociais: qualquer um destes caminhos serve para a empreitada da curadoria. O mais importante: em vez de simplesmente espalhar links, pense em uma roupagem atraente”, afirma Inatomi.

Elas dão um exemplo: se a empresa é uma rede de óticas, não basta indicar cinco filmes com modelos estilosos de óculos escuros. Uma ideia é procurar resenhas interessantes de canais brasileiros que falam de filmes, citando e marcando os criadores.

E claro, sempre que se for utilizar trechos de textos, vídeos ou áudios, é essencial dar o crédito do material indicado. A seguir, as sócias da Jahe Marketing dão outras dicas para entrar no mundo da curadoria de conteúdo.

Planejamento: Antes de mais nada, é importante que uma ação de curadoria seja constante ao longo do tempo, e faça parte de um planejamento estratégico da sua marca ao longo de um período específico, afirmam.

Ajuda extra: A curadoria torna-se interessante justamente porque algumas redes sociais diminuem a visibilidade de perfis que não postam com frequência. Por isso, se a empresa procura manter a qualidade e audiência de suas postagens, essa é uma boa alternativa para ter o que dizer, e manter a conexão com o público.

Outros caminhos: Além das redes sociais, existe todo universo do Inboud Marketing. Indicar conteúdo interessante de outras marcas ou criadores significa utilizar links para levar seu leitor a novos endereços. Isso reforça o link building e colabora com o SEO para suas páginas, itens que são importantes para melhorar a sua colocação na pesquisa do Google.

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