Nos Estados unidos, o aguardado relatório das folhas de pagamento não agrícolas, conhecido como “payroll”, referente ao mês de novembro, foi divulgado nesta sexta-feria (08). Os números revelaram a criação de 199 mil novos postos de trabalho, superando as expectativas do mercado, que estimava a geração de 180 mil vagas. Cleide Rodrigues, analista chefe da Money Wise Research, comentou sobre as projeções em relação a taxa de desemprego. “Enquanto a expectativa dos economistas apontava para uma taxa de desemprego em torno de 3,9%, o resultado real revelou uma taxa de 3,7%. Embora esse payroll tenha vindo mais forte e a taxa de desemprego tenha sido inferior, isso mostra que a economia não está tão frágil quanto o mercado acreditava. Porque nas últimas semanas, o mercado começou a ficar com medo de que desacelerasse demais a economia americana”.
Contrariando as previsões mais pessimistas sentidas no mercado nos últimos dias, economia americana continua robusta. “Com esse dado mais forte, pode ser que o Banco Central não tem espaço para encerrar o ciclo de juros dos Estados Unidos e também não tem espaço para cortar juros antes do que o esperado em 2024. Essa resistência a mudanças nas políticas monetárias pode impactar o comportamento do mercado financeiro. Nesse momento, a bolsa oscila. Iniciou o dia em alta, mas agora registrou movimentos descendentes”, pontua.
Cleide ressalta a possibilidade do mercado interpretar o “payroll” de forma pessimista, considerando o copo meio vazio. A incerteza gerada por essa interpretação pode influenciar as decisões dos investidores, indicando que apesar do número favorável, há uma sensação de cautela em relação ao futuro imediato.
O que é o payroll?
O Payroll, ou folha de pagamento, também é chamado de Nonfarm Payroll e traz dados a respeito do número de empregos nos Estados Unidos (EUA). É um dos relatórios econômicos mais importantes do mundo, e é divulgado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Este indicador reflete a situação econômica norte-americano no mês de referência, fornecendo insights valiosos sobre a sáude financeira da maior economia do mundo. Ele é divulgado toda primeira sexta-feira do mês.
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