A dissonância cognitiva prevalece, comportamentos inalterados criam nova preocupação de segurança online
Lançada a tempo do Dia Mundial da Senha, a pesquisa global entrevistou 3.250 indivíduos nos Estados Unidos, Austrália, Cingapura, Alemanha, Brasil e Reino Unido, e fornece evidências de que o aumento do conhecimento das melhores práticas de segurança não se traduz, necessariamente, em um melhor gerenciamento de senhas.
Os principais resultados incluem:
- Ameaças cibernéticas globais continuam a disparar, mas os comportamentos em relação às senhas são inalterados
Os comportamentos em relação às senhas permanecem praticamente inalterados em relação ao mesmo estudo realizado há dois anos – traduzindo-se em alguns comportamentos de risco. 53% relatam não alterar senhas nos últimos 12 meses, apesar de uma violação nas notícias. E enquanto 91% sabem que usar a mesma senha para várias contas é um risco à segurança, 66% geralmente ou sempre usam a mesma senha. Isso representa um aumento de 8% em relação às descobertas do LastPass em 2018.
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- Pensamento consciente da segurança não se traduz em ação
Os dados mostraram várias contradições, com os entrevistados dizendo uma coisa e, por sua vez, fazendo outra. 77% dizem que se sentem informados sobre as práticas recomendadas para senhas, mas 54% ainda tentam memorizar senhas e 27% as anotam em algum lugar. Da mesma forma, 80% se preocupam em ter suas senhas comprometidas e, no entanto, 48% nunca alteram suas senhas se não for necessário.
- Medo do esquecimento = Razão número um para reutilização de senhas
A maioria dos entrevistados (66%) usa a mesma senha para várias contas, o que surpreendentemente aumentou 8% em relação às descobertas de 2018. Por quê? O medo de esquecer as informações de login continua sendo o principal motivo para a reutilização de senhas (60%), seguido pelo desejo de conhecer e controlar todas as suas senhas (52%).
- Conscientização e uso da autenticação multifatorial (MFA) crescente
A boa notícia é que existe amplo conhecimento e uso da autenticação multifatorial (MFA). Felizmente, 54% dizem que usam a MFA para suas contas pessoais e 37% o usam no trabalho. Apenas 19% dos entrevistados disseram não saber o que era a MFA.
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Os entrevistados também se sentem muito confortáveis com a autenticação biométrica – usando sua impressão digital ou o rosto para fazer login em dispositivos ou contas. 65% disseram confiar mais em impressões digitais ou reconhecimento facial do que em senhas de texto tradicionais.
“Durante um período em que grande parte do mundo trabalha em casa devido à interrupção causada pela pandemia da COVID-19 e as pessoas passam mais tempo on-line, as ameaças cibernéticas que os consumidores enfrentam estão sempre em alta. Os indivíduos parecem insensíveis às ameaças que as senhas fracas representam e continuam a exibir comportamentos que colocam suas informações em risco”, pontua John Bennett, vice-presidente sênior e gerente geral da área de Gerenciamento de Identidade e Acesso da LogMeIn. “Adotar apenas algumas etapas simples para melhorar a maneira como as pessoas gerenciam suas senhas pode levar a uma maior segurança das suas contas online, pessoais ou profissionais. Aconselho a todos a fazer do Dia Mundial da Senha de 2020 o ponto de inflexão para uma alteração no seu comportamento em relação às senhas”.
“No Brasil, o comportamento em relação às senhas é bem similar à maioria dos países, porém tende a melhorar bastante nos próximos meses com a chegada da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Ainda assim, 94% dos brasileiros se preocupam em ter suas senhas comprometidas e 78% acreditam mais em autenticações biométricas do que nas senhas tradicionais”, pontua Vanessa D’Angelo, Head de Marketing para a América Latina na LogMeIn. “A autenticação multifatorial é uma ótima opção para garantir ainda mais segurança às contas dos brasileiros e as soluções da LogMeIn estão preparadas para ajudá-los nesta tarefa”.
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