sexta-feira , 26 abril 2024
Ínicio Noticias Criptomoedas: por que elas estão sendo usadas em crimes digitais?
Noticias

Criptomoedas: por que elas estão sendo usadas em crimes digitais?

1.1k
Compartilhe

A popularização das criptomoedas vem crescendo a cada ano. Por terem um retorno muito rápido, a utilização de criptoativos atraem diversas pessoas pelo mundo que desejam obter lucros nos investimentos. Mas, com o sucesso, vem também o lado negativo: as criptomoedas estão sendo usadas em crimes virtuais. As características das moedas digitais atraem os ataques cibernéticos, já que elas possuem mecanismos que asseguram o anonimato nas transações de dinheiro em resgaste de sistemas ou de banco de dados, por exemplo.

Segundo Thiago Bordini, professor coordenador da pós-graduação em Inteligência de Ameaças Cibernéticas no Instituto Daryus de Ensino Superior Paulista (IDESP), o uso de moedas digitais para atividades ilícitas não é novidade. “Os criminosos já usavam essa tática de regaste há bastante tempo. Por ser uma moeda descentralizada e possuir uma grande velocidade de transação, eles conseguem ter a confirmação do pagamento de forma imediata e redistribuir esse dinheiro para outras carteiras”.

De acordo com o especialista, o que vem mudando é o tipo de criptomoeda utilizada. Há muitos anos, os cibercriminosos utilizavam o Bitcoin como moeda de troca em ataque de ransomware. “Atualmente, houve um aumento na utilização da criptomoeda Monero, já que ela possui uma rastreabilidade menor que o Bitcoin. Com isso, os criminosos garantem o anonimato e recebem o dinheiro em negociações na Dark Web”, explica Bordini.

Segundo dados da Fortinet, somente no primeiro trimestre desse ano, o Brasil teve mais de 3 bilhões de tentativas de ataques virtuais. Um dos motivos para isso, é que as empresas não fazem o investimento necessário para a área de  cibersegurança. “O valor investido em contratações, serviços de consultoria ou seguros cibernéticos são bem baixos. Portanto, a gestão de risco de segurança ainda é pequena e sem planejamento. As companhias precisam entender que não é um custo a mais para elas e sim um redirecionamento para uma nova realidade, reposicionando as companhias e a competitividade da indústria”, finaliza.

Confira abaixo alguns casos recentes que tiveram pagamento em criptomoedas:

  • JBS – US$ 11 milhões em bitcoin;
  • Light – US$ 7 milhões em Monero;
  • Colonial Pipeline – US$ 5 milhões em bitcoin;
  • Garmin – aproximadamente US$ 10 milhões em bitcoin.
Compartilhe

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Conteúdo Relacionado

Do Cine Pra Max: ‘A Cor Púrpura’ estreia em 26 de abril

O drama musical A COR PÚRPURA, da Warner Bros., estará disponível sem custo...

Universidade de Columbia lança financiamento coletivo para formar líderes femininas negras no Brasil

Em uma iniciativa pioneira que promete impulsionar a formação de lideranças femininas...

Utilização de aplicativos móveis para relacionamento com cliente cresce 137%

O relatório Messaging Trends 2024 da Infobip, plataforma global de comunicações em nuvem, revelou...

De ex-detento a barbeiro da seleção brasileira, Rafa Cortes conta como prosperar no ramo da barbearia

O Brasil é o segundo maior mercado de beleza masculino, ficando atrás...